O Exército colombiano localizou e destruiu neste ano 1.961 minas antipessoais semeadas pela guerrilha das Farc no Putumayo, departamento (estado) selvático da fronteira sul com o Equador e Peru, informaram neste sábado as autoridades militares regionais.
O número de minas mostra que a ofensiva militar contra os rebeldes os levou à semeadura indiscriminada de artefatos para deter o avanço das tropas, afirmou o responsável militar da região, o general José Guillermo Delvasto.
“Este inimigo difícil de combater (…) não dorme, não se movimenta, não fica desgastado, também não tem data de vencimento e não requer o cuidado de guerrilheiros para que entre em ação”, expressou o oficial em um relatório divulgado pelo serviço de imprensa do Exército Nacional.
As minas, acrescentou Delvasto, são abandonadas à deriva para retardar o avanço das tropas e permitir que os terroristas das Farc escapem dos locais dispostos pelo Exército.
O oficial, que dirige a Brigada 27 em Mocoa, a capital de Putumayo, disse que as tropas de sua unidade também confiscaram no transcurso do ano na região 3.882 quilos de explosivos.
É uma quantidade com a qual poderiam “ter preparado e semeado mais de 10.000 artefatos explosivos”, advertiu Delvasto.
O chefe militar disse que Putumayo é importante para as Farc por causa de suas condições de selva, que dão refúgio aos rebeldes e facilitam a produção de droga.