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Putin exige que ‘nacionalistas’ ucranianos de Mariupol deponham as armas

Putin “enfatizou que, para resolver a situação humanitária naquela cidade [Mariupol], os milicianos nacionalistas terão de acabar…”

Redação Jornal de Brasília

29/03/2022 14h55

O presidente russo, Vladimir Putin, subordinou nesta terça-feira (29) a “solução” da situação humanitária na cidade sitiada de Mariupol ao desarmamento de grupos “nacionalistas” ucranianos, informou o Kremlin.

Em uma conversa telefónica com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, Putin “enfatizou que, para resolver a situação humanitária naquela cidade [Mariupol], os milicianos nacionalistas terão de acabar com a sua resistência e depor as armas”, apontou o Kremlin em um comunicado.

Segundo essa mesma fonte, Putin informou ao seu homólogo francês sobre as “medidas tomadas pelo exército russo para entregar ajuda humanitária de emergência e garantir a evacuação segura dos civis” na Ucrânia.

O Kremlin acrescentou que os dois líderes também falaram das negociações entre Rússia e Ucrânia, que aconteceram nesta terça-feira em Istambul, assim como da decisão de Moscou de exigir que o gás russo seja pago em rublos.

“Concordaram em seguir em contato”, acrescentou o Kremlin.

Romênia distribuirá pílulas de iodo por risco nuclear na Ucrânia

A Romênia, país que faz fronteira com a Ucrânia, distribuirá pílulas gratuitas de iodo para a população na próxima semana, para se “preparar” para um possível incidente nuclear relacionado à invasão russa da Ucrânia, anunciou o governo nesta terça-feira(29).

“Não podemos descartar totalmente” esse risco e “sabemos que, em caso de acidente, não há tempo para distribuir os comprimidos”, disse o ministro da Saúde, Alexandru Rafila, em entrevista coletiva.

“Não devem ser tomadas preventivamente”, insistiu, anunciando o lançamento de uma campanha de informação.

Os médicos de clínica geral serão responsáveis pela distribuição das doses no país da União Europeia (UE) cuja “memória coletiva” está marcada pela catástrofe de Chernobyl, segundo ele.

Desde o início da ofensiva militar russa em 24 de fevereiro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou para os perigos dessa guerra, a primeira a ser realizada em um país dotado de vastos complexos nucleares, incluindo quinze reatores.

Os comprimidos de iodo destinam-se a prevenir câncer da tireoide em caso de emissões radioativas causadas por um acidente nuclear.

Saturada com iodo estável, como uma esponja, a glândula tireoide não consegue mais absorver o iodo radioativo, que pode ser rapidamente eliminado na urina.

As pílulas devem ser administradas somente sob instruções das autoridades, uma hora antes da exposição à radioatividade e no máximo 6 a 12 horas depois, dentro de um perímetro de vinte quilômetros do local do incidente nuclear.

© Agence France-Presse

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