O presidente russo, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2), na televisão russa, em sua primeira viagem a um país membro do Tribunal Penal Internacional (TPI) desde a emissão de sua ordem de prisão acusada de crimes de guerra.
O tribunal e as autoridades ucranianas fizeram um apelo ao país para que prendesse Putin, alvo de um mandato de reclusão pela suposta “deportação” de crianças ucranianas nos territórios ocupados pela Rússia na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu que essa possibilidade não lhe despertava “preocupação”.
“É claro que todos os aspectos da visita foram cuidadosamente cuidadosos”, acrescentou.
Como os demais países que aderiram ao Estatuto de Roma, no qual se baseia no TPI, a Mongólia “tem a obrigação de cooperar” com este tribunal, declarou o porta-voz Fadi el-Abdallah.
Quando um Estado-membro não cumpre as suas obrigações com o TPI, a corte pode recorrer à Assembleia dos países membros, que se reúne uma vez por ano, embora as sanções possíveis sejam geralmente limitadas.
Desde a sua criação, outros indivíduos que foram alvo de mandatos de prisão do TPI, como o ditador sudanês Omar al Bashir, viajaram para Estados signatários do Estatuto de Roma sem serem detidos.
A Mongólia assinou o estatuto em 2000 e ratificou a sua adesão ao TPI dois anos depois.
© Agence France-Presse