A promotora Christiane Burkheiser pediu, neste que é o último dia do julgamento de Fritzl, prisão perpétua pela acusação de assassinato por omissão de socorro.
Um dos sete filhos nascidos fruto da relação incestuosa de Fritzl com Elisabeth no porão de sua casa morreu em 1996 aos dois dias de vida.
O próprio acusado, que queimou o corpo do bebê em sua casa, se declarou ontem culpado de todas as acusações que pesam contra si, incluindo a de assassinato, o que pode facilitar a tarefa do tribunal de sentenciá-lo à prisão perpétua.
As acusações de Burkheiser duraram apenas 20 minutos, já que a promotora considerou que não há dúvida sobre a culpabilidade do acusado em todas as acusações – assassinato, estupro, escravidão, coação, incesto e privação de liberdade.
Fritzl, por sua vez, disse ao tribunal que já não pode “fazer nada para regulá-lo, apenas diminuir os danos”.
A advogada que representa Elisabeth, Eva Plaz, voltou a solicitar que Fritzl seja responsabilizado pela morte do recém-nascido.
Já Rudolf Mayer, advogado de Josef Fritzl, disse que a sentença é esperada para as 13h de hoje (9h de Brasília).
Os três juízes que conduzem o caso formularão aos oito membros do júri um questionário sobre cada um dos seis delitos de que Fritzl é acusado, entre eles assassinato por omissão de socorro a um bebê recém-nascido fruto da relação incestuosa que teve com Elisabeth.
Depois, o júri se retirará para deliberar e, já à tarde, emitirá o veredicto e ditará, junto aos juízes, a condenação correspondente, que pode variar entre um ano de reclusão e prisão perpétua.