O Comitê de Instrução (CI) da Promotoria da Rússia apresentou hoje acusações formais a quatro pessoas que estão em prisão preventiva por suposta responsabilidade no incêndio que deixou mais de 100 mortos em uma casa noturna de Perm, cidade junto aos montes Urais.
Três dos detidos foram acusados de um delito que o Código Penal da Rússia sanciona com penas de até sete anos: violação das normas de segurança e prevenção de incêndios, causando por imprudência a morte de duas ou mais pessoas.
Esta acusação, segundo o porta-voz do CI, Vladimir Markin, informou à agência “Interfax”, foi apresentada contra a gerente-executiva da boate, Svetlana Yefremova, o diretor artístico Oleg Fetkulov e Anatoli Zak, um dos proprietários do estabelecimento.
Serguei Derbenev, diretor da companhia que instalou os fogos de artifício, que, segundo a investigação preliminar, causaram o incêndio, foi acusado de homicídio por imprudência de duas ou mais pessoas, delito punido com até cinco anos de prisão.
O número de vítimas fatais no incêndio chegou hoje a 113, com a morte de uma mulher que se encontrava em estado muito grave em um hospital de Perm. Segundo fontes do hospital, a mulher, de 26 anos, “estava respirando com ajuda de aparelhos e seu estado era extremamente grave”, informou a agência oficial “Itar-Tass”.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou que o Ministério de Situações de Emergência está realizando controles adicionais de clubes, salas de espetáculos e espaços similares, embora tenha dito à agência oficial “RIA Novosti” que “o importante agora é salvar aqueles que sofreram queimaduras e ferimentos”.
Cerca de 100 feridos foram transferidos de avião a centros médicos especializados de Moscou, São Petersburgo e Tcheliabinsk. Além disso, outras 21 pessoas permanecem hospitalizadas em Perm.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, decretou hoje luto em todo o país.
