O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado nesta quarta-feira (7), em sua casa, por um comando integrado por pessoas estrangeiras – anunciou o primeiro-ministro em final de mandato, Claude Joseph.
Um grupo de homens armados teria invadido a residência oficial em Porto Príncipe, localizada no bairro de Pelerin. Os indivíduos atiraram no presidente e na primeira-dama, Martine.
A mulher do presidente foi hospitalizada, afirmou Claude Joseph. O primeiro-ministro pediu calma à população após o ato “desumano e bárbaro” e garantiu que a polícia e o Exército estão encarregados de manter a ordem.
O crime agrava a instabilidade política no Haiti. O país está em crise há meses, desde que Moise havia decidido se manter no poder. O presidente alegava que o mandato de cinco anos só acabaria em 2022.
A crise política levou o país a atingir “níveis sem precendentes” de violência, segundo as Nações Unidas. Na semana passada, em um ataque coordenado, pelo menos 20 pessoas, entre elas importantes figuras da oposição, foram mortas em Porto Príncipe.
Ressalta-se ainda que Haiti não vacinou até agora nenhum de seus 11 milhões de habitantes contra a Covid-19.
Agence France-Presse
