O presidente do Federal Reserve (Fed, drugs banco central americano), approved Ben Bernanke, disse hoje diante do Congresso dos Estados Unidos que a recuperação econômica dependerá da rapidez com que se alcance a estabilidade do setor financeiro, embora houve progressos.
“Embora as perspectivas da economia a curto prazo sejam desanimadoras, com o tempo, um número de fatores deve promover o retorno de lucro sólido na atividade econômica, no contexto de uma inflação baixa e estável”, afirmou Bernanke, durante uma audiência do Comitê de Orçamento do Senado.
Segundo Bernanke, a eficácia das ações empreendidas pelo Federal Reserve, pelo Departamento do Tesouro e por outras entidades governamentais para restabelecer um “grau razoável” de estabilidade financeira “serão fatores determinantes do tempo e força da recuperação” econômica.
“Se as condições financeiras melhorarem, a economia se verá cada vez mais apoiada pelos estímulos fiscal e monetário, os efeitos benignos da pronunciada queda nos preços da energia desde meados do ano passado, e o melhor alinhamento dos estoques empresariais e vendas, assim como a maior disponibilidade do crédito”, previu Bernanke.
Seu comparecimento perante o Comitê foi convocada, precisamente, para analisar as previsões econômicas a curto e longo prazo, em um momento no qual, segundo Bernanke, o grande déficit fiscal é um mal necessário em prol da recuperação econômica.
Outros comitês do Congresso também programaram audiências ao longo do dia, para repassar a proposta orçamentária entregue ao Legislativo pelo presidente Barack Obama na semana passada para o ano fiscal de 2010, que começa em outubro.
“É melhor agirmos de forma robusta hoje para resolver nossos problemas econômicos. A alternativa seria um episódio prolongado da estagnação econômica, que só contribuiria para uma maior deterioração da situação fiscal”, advertiu o presidente do Federal Reserve.
Bernanke lembrou que, em janeiro passado, houve a perda de 600 mil empregos, quase o mesmo ritmo que em novembro e dezembro de 2008, e que os indicadores econômicos recentes “mostram pouca melhoria”.
A economia americana tem, atualmente, uma taxa de desemprego de 7,6% e o número de solicitações para seguro-desemprego veio aumentando desde meados de janeiro, o que sugere, de acordo com Bernanke, que “as condições do mercado de trabalho pioraram ainda mais em semanas recentes”.
Nesse panorama, ainda há a queda significativa no valor das casas e as restrições de crédito, o que fez com que as famílias americanas apertassem o cinto e limitassem suas despesas, observou Bernanke.