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Presidente da Colômbia teve problemas para reabastecer avião por sanções dos EUA

Avião presidencial colombiano precisou recorrer a base militar após empresas se recusarem a fornecer combustível; crise diplomática com governo Trump se agrava

Redação Jornal de Brasília

30/10/2025 14h27

gustavo petro

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, teve problemas para reabastecer o avião presidencial após as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, em meio a uma crise diplomática com o governo de Donald Trump, informou seu ministro do Interior nesta quinta-feira (30).

O avião presidencial fez escala em Madri para reabastecer, mas os funcionários do principal aeroporto da Espanha lhe negaram a recarga de combustível.

Após negociar com o governo espanhol, chefiado por Pedro Sánchez, o avião seguiu para uma base militar para reabastecer. Petro agradeceu a “ajuda do reino da Espanha” para chegar a Riade, na Arábia Saudita, e seguir seu giro por Catar e Egito.

“As empresas que lhe vendem gasolina ou lhe emprestam os serviços de limpeza ou a escalada quase sempre são americanas. Então, elas se negaram a prestar o serviço pelo tema da (lista) OFAC, por isso aterrissou em uma base militar”, explicou Armando Benedetti, em alusão à lista com rígidas sanções financeiras na qual os Estados Unidos incluíram Petro.

Washington impôs sanções econômicas contra o presidente, a primeira-dama, um filho do casal e o ministro Benedetti.

“Todos dissemos que não viajasse; primeiro porque o tema da gasolina era uma complicação (…) Havia uma quantidade de situações nas quais a viagem era complexa e ele, em sua teimosia, insistiu em ir, em que não iam isolá-lo e viajou”, disse Benedetti em declarações à W Radio.

O ministro assegurou que seu cartão de crédito foi bloqueado e não sabe como vai solucionar o tema de suas contas bancárias.

Trump também revogou o visto de Petro, a quem acusa de ser “líder do narcotráfico”, e tirou a Colômbia da lista de países aliados na luta contra as drogas, em uma sequência de sanções, segundo ele, por não ter feito o bastante para frear o narcotráfico.

Colômbia e Estados Unidos, aliados comerciais e militares históricos, atravessam um dos piores momentos de sua relação bilateral.

O presidente colombiano rejeita a campanha de ataques americanos contra as supostas lanchas do narcotráfico no Caribe e no Pacífico, na qual Washington matou pelo menos 62 supostos narcotraficantes. Bogotá tacha estas mortes de “execuções extrajudiciais”.

AFP

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