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Presidente da Colômbia repudia ‘barbárie’ em operação policial no Rio

O dirigente colombiano, que é próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparou a operação com a pior época do paramilitarismo na Colômbia

Redação Jornal de Brasília

29/10/2025 22h52

Uma foto divulgada pela presidência colombiana mostra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro (E), ouvindo seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial Casa Nariño, em Bogotá, em 17 de abril de 2024. (Foto de Juan Diego Cano / Presidência Colombiana/AFP)

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou de “barbárie” a operação policial no Rio de Janeiro, a mais letal da história do país com mais de 100 mortos.

Na terça-feira, policiais entraram em um complexo de favelas da Zona Norte do Rio em uma operação contra a poderosa organização criminosa Comando Vermelho, com fogo cruzado e pelo menos 119 mortos, entre eles quatro policiais.

O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que a incursão foi um “sucesso” como parte de sua política de linha-dura contra o crime.

A operação proporcionou imagens de guerra em uma das principais cidades do Brasil, com corpos desfigurados e enfileirados, e acusações de “execuções” dos familiares das vítimas.

“Dor dos pobres. A barbárie é o denominador comum da extrema direita”, disse Petro nesta quarta-feira no X.

O dirigente colombiano, que é próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparou a operação com a pior época do paramilitarismo na Colômbia, cujas alianças com o Exército deixaram um rastro de sangue.

Petro citou a operação Orión, realizada em 2002 em uma comunidade pobre de Medellín, onde a incursão deixou quase uma centena de desaparecidos e mais de 80 mortos. A intervenção rendeu ao Estado colombiano uma condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O ministro da Justiça do Brasil, Ricardo Lewandowski, ressaltou que Lula estava “estarrecido” com a quantidade de mortos.

“Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, disse Lula no X.

© Agence France-Presse

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