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Mundo

Preços do petróleo fecham em alta após novas ameaças de Trump contra a Rússia

Petróleo sobe após ameaças de Trump à Rússia e pressão para Europa reduzir compra de energia de Moscou

Redação Jornal de Brasília

23/09/2025 17h41

Foto: Agência Brasil

Os preços do petróleo dispararam nesta terça-feira (23), dia marcado pelo discurso do presidente americano, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, onde reiterou as ameaças à Rússia e pediu aos europeus que parem de comprar petróleo cru de Moscou.

“Trump voltou a se pronunciar duramente contra a Rússia hoje (…), provocando um impulso nas cotações do petróleo”, explicou à AFP John Kilduff, da agência Again Capital.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro subiu 1,59%, a 67,63 dólares.

Seu equivalente americano, o barril de West Texas Intermediate, também para entrega em novembro, subiu 1,81%, a 63,41 dólares.

“Se a Rússia não alcançar um acordo para pôr fim à guerra [com a Ucrânia], os Estados Unidos estão prontos para responder com tarifas aduaneiras elevadas”, afirmou Trump na Assembleia Geral da ONU.

“Mas para que isso funcione, a Europa deve seguir o movimento e cessar todas as compras de energia da Rússia”, acrescentou.

Desde o início da guerra, em 2022, a União Europeia reduziu em grande media sua dependência de hidrocarbonetos russos, mas a Hungria e a Eslováquia continuam comprando cerca de 200 mil barris diários de petróleo cru russo através de um oleoduto.

Washington quer impactar as receitas petroleiras de Moscou para forçar os russos a negociar um acordo com a Ucrânia.

“Se uma medida concreta for tomada para impedir o fornecimento de petróleo russo ao mercado mundial, as cotações vão aumentar”, explicou Kilduff.

“Há muita volatilidade no mercado como resultado destas ameaças”, acrescentou.

Os preços do petróleo também foram impulsionados pela revisão para cima do crescimento mundial projetado para 2025 pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que subiu para 3,2% frente aos 2,9% previstos em junho.

Este revisão é percebida como um fator positivo para a demanda de energia.

Além disso, a economia mundial deveria resistir um pouco melhor que o esperado ao tarifaço americano, informou a organização.

© Agence France-Presse

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