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Polícia colombiana captura ‘elo principal’ de autores intelectuais de assassinato de pré-candidato presidencial

Este é o sétimo detido pelo assassinato, incluindo o menor de idade que efetuou os disparos contra o senador de direita

Redação Jornal de Brasília

27/10/2025 21h33

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O senador Miguel Uribe observa o Senado votar contra o referendo sobre a reforma trabalhista promovido pelo presidente colombiano Gustavo Petro em Bogotá, em 14 de maio de 2025. O candidato presidencial colombiano Miguel Uribe morreu dois meses após ser baleado na cabeça durante um evento de campanha, anunciou sua esposa no início de 11 de agosto de 2025. O estado de saúde do parlamentar havia se tornado crítico após ele sofrer uma nova hemorragia cerebral relacionada à tentativa de assassinato durante um comício em 7 de junho, no qual foi baleado três vezes, sendo dois na cabeça. (Foto de Raul ARBOLEDA / AFP)

A polícia da Colômbia prendeu nesta segunda-feira (27) o “elo principal” dos autores intelectuais do brutal assassinato do pré-candidato presidencial Miguel Uribe, até agora, o detido mais importante na investigação do atentado, informaram as autoridades.

Simeón Pérez Marroquín, capturado no departamento de Meta (centro do país), é acusado de ser o intermediário entre o círculo próximo do atirador e o grupo armado por trás do ataque a tiros contra Uribe durante um comício em Bogotá, em 7 de junho.

Ele “será acusado dos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, uso de menores de idade na prática de delitos e porte ilegal de armas”, informou o Ministério Público da Colômbia em comunicado publicado na rede social X.

Este é o sétimo detido pelo assassinato, incluindo o menor de idade que efetuou os disparos contra o senador de direita, um atentado que abala a corrida para as eleições presidenciais de 2026.

Nos arquivos da televisão pública colombiana, o nome de Pérez aparece entre os detidos pelo assassinato dos pistoleiros que mataram o candidato presidencial Luis Carlos Galán, também morto a tiros durante um comício em 1989.

Galán era um popular candidato de esquerda favorável à extradição de narcotraficantes como o falecido barão da cocaína Pablo Escobar, nos anos mais violentos do conflito armado colombiano.

Imagens divulgadas pela imprensa local mostram Pérez, recém-capturado, escoltado por um forte esquema militar enquanto é levado a um helicóptero.

O atirador foi condenado a sete anos de prisão, e o motorista que o transportou, a 21.

As autoridades buscam agora os autores intelectuais do crime, com quem Pérez mantinha contato direto, segundo o órgão acusador.

Uribe era um legislador opositor de 39 anos e passou dois meses em uma unidade de terapia intensiva em um hospital de Bogotá, onde morreu em 11 de agosto após sofrer uma hemorragia cerebral.

Sua morte trouxe de volta à tona o fantasma da violência política das décadas de 1980 e 1990 na Colômbia e acendeu o alerta quanto à segurança dos candidatos às eleições legislativas e presidenciais de 2026.

© Agence France-Presse

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