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Petróleo sobe impulsionado por possíveis sanções à Rússia

“A ameaça de sanções secundárias […] ao petróleo russo foi o catalisador de aumento nos preços do petróleo bruto”, declarou à AFP Daniel Ghali, da TD Securities

Redação Jornal de Brasília

30/07/2025 22h17

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Foto: Divulgação

As cotações do petróleo voltaram a subir nesta quarta-feira (30), apoiadas pelo risco de sanções dos Estados Unidos à Rússia, e após o alerta de Donald Trump de que a Índia poderia ser penalizada por comprar petróleo russo.

“A ameaça de sanções secundárias […] ao petróleo russo foi o catalisador de aumento nos preços do petróleo bruto”, declarou à AFP Daniel Ghali, da TD Securities.

Nesse sentido, o preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em setembro, subiu 1,01%, alcançando 73,24 dólares, seu nível mais alto desde meados de junho, durante os ataques dos Estados Unidos ao Irã.

Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI) com vencimento no mesmo mês, subiu 1,14%, chegando a 70 dólares.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira que acrescentaria uma “sanção” às tarifas de 25% que afetam a Índia caso o país decidisse comprar petróleo russo.

O líder republicano endureceu seu tom nos últimos dias, frustrado pela falta de progresso em direção a um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, e acusando cada vez mais abertamente o presidente russo, Vladimir Putin, de querer continuar com o conflito.

Trump indicou que os países que comprarem petróleo russo, e também iraniano, poderão ser submetidos a sanções “secundárias” que se traduziriam em tarifas adicionais.

A Rússia é o segundo maior exportador mundial de petróleo e conta com importantes consumidores da commodity entre os seus clientes, como Índia, China e Turquia.

“Tarifas secundárias plenamente eficazes perturbariam radicalmente o mercado de petróleo”, já que “vários compradores de petróleo russo provavelmente se mostrariam relutantes a seguir com suas compras”, observam analistas do ING.

“Persiste uma incerteza considerável sobre a capacidade dos Estados Unidos de aplicar essas sanções […] aos países que optarem por evitá-las”, observou, por sua vez, Daniel Ghali.

© Agence France-Presse

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