Menu
Mundo

Pausa diária entra em vigor em Gaza, mas deixa locais importantes de fora

O objetivo é facilitar a distribuição de ajuda humanitária, após meses de advertências sobre o agravamento da fome no enclave

Redação Jornal de Brasília

17/06/2024 23h42

Foto: Mohammed Abed/AFP

Tel-Aviv, 17 – O Exército israelense afirmou ontem ter pausado as operações durante o dia em partes do sul de Gaza. Israel anunciou, no domingo, uma suspensão “local e tática” das operações militares diurnas perto de uma passagem de fronteira em Rafah, no extremo sul do território sitiado. O objetivo é facilitar a distribuição de ajuda humanitária, após meses de advertências sobre o agravamento da fome no enclave.

A pausa operacional deve vigorar todos os dias “das 8h às 19h (hora local, das 2h às 13h, em Brasília), até nova ordem, ao longo da estrada que conecta o cruzamento de Kerem Shalom à estrada de Salah al-Din e segue em direção ao norte”, segundo o Exército. O posto de fronteira, controlado por Israel, fica na intersecção entre Gaza, Egito e Israel.

Apesar da pausa, as agências de ajuda alertaram ontem que outras restrições ao movimento dificultavam a distribuição de alimentos

A pausa se aplica apenas a um trecho de 11 km de estrada no sul de Gaza e não a áreas no centro do território para as quais centenas de milhares de palestinos deslocados fugiram desde o início da invasão de Rafah.

Quando Israel invadiu essa cidade, no início de maio, a única rota de suprimento entre o Egito e Gaza foi fechada, prejudicando a capacidade dos grupos de ajuda de distribuir alimentos destinados ao sul, mas também ao centro do enclave.

Reféns

A guerra entre Israel e o Hamas eclodiu em 7 de outubro, quando membros do grupo terrorista mataram 1.194 pessoas, a maioria civis, e sequestraram outras 251 no sul do país, segundo uma contagem com base em dados oficiais israelenses. Mais de 35 mil palestinos já foram mortos pela ofensiva militar de Israel em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.

O Exército estima que ao menos 75 pessoas continuem em cativeiro em Gaza e que o grupo estaria com os corpos de outros 41 reféns. Os números sobre reféns vivos são incertos.

Um negociador israelense afirmou ontem à agência France Presse que Israel sabe “com certeza” que “dezenas” de reféns estão vivos, sem dizer quantos exatamente. “Não podemos deixá-los lá por muito tempo, eles morrerão”, acrescentou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado