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Mundo

Partido político crítico prisão de prefeito da oposição na Venezuela

Rafael Ramírez, de 49 anos e eleito em 2021, foi detido pelos serviços de inteligência na véspera

Redação Jornal de Brasília

02/10/2024 13h54

nicolas maduro durante campanha em 18 de julho de 2024 1721732619734 v2 900x506

Foto: AFP

O partido político do prefeito de oposição de Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, rejeitou sua prisão, nesta quarta-feira (2), ao considerar que “não há nenhuma justificativa”.

Rafael Ramírez, de 49 anos e eleito em 2021, foi detido pelos serviços de inteligência na véspera.

“Rejeitamos a detenção do prefeito de Maracaibo (…), quando desempenhava atos inerentes à sua carga”, escreveu seu partido, Primero Justicia, em comunicado. “Não há nenhuma justificativa para isto ocorrido”, acrescentou.

Ramírez foi levado à sede local do serviço de inteligência (SEBIN), acrescentou o partido.

“Desconhecemos os detalhes sobre a sua condição, bem como as razões que motivaram este procedimento violatório dos nossos princípios consagrados na Constituição”, acrescentou a organização política, que processou a sua “libertação imediata”.

As autoridades ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

O prefeito foi detido junto com seu chefe de segurança e outra funcionária de seu gabinete, informou uma fonte à AFP.

Maracaibo é a capital do estado petrolífero de Zulia (oeste, na fronteira com a Colômbia), que tem o maior eleitorado do país e é um reduto tradicional de oposição.

Sua prisão ocorreu em meio à crise política desencadeada após uma questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro, cenário como fraude pela oposição, que reivindicou a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha após o Ministério Público abrir uma investigação contra ele.

As forças da oposição informaram que 154 líderes foram presos desde o início do ano, incluindo membros da equipe de campanha de González e colaboradores próximos da líder opositora María Corina Machado.

Mais de 2.400 pessoas foram detidas no âmbito das manifestações que eclodiram após a proclamação da reeleição de Maduro, que deixaram 27 mortos e cerca de 200 feridos, segundos dados oficiais.

© Agence France-Presse

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