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Mundo

Panamá e EUA fazem acordo para fechar Darién e controlar fluxo de migrantes

O memorando é um acordo que manifesta convergência de interesses entre países, mas que não tem poder vinculante

Redação Jornal de Brasília

01/07/2024 20h20

eua

AFP/Arquivos

(FOLHAPRESS)

Os governos do Panamá e dos Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira (1º) um memorando de entendimento para fechar o estreito de Darién, uma perigosa selva que conecta a América do Sul à América Central e que tem sido incluído por milhares migrantes em uma rota que se estende até a fronteira americana.

Famílias de migrantes venezuelanos se preparam para embarcar em pirágua (canoa) na comunidade indígena de Bajo Chiquito que os levaria pelo rio Tuqueza até a Estação de Recepção Migratória de Lajas Blancas, no Panamá; elas haviam acabado de cruzar a selva de Darién Lalo de Almeida

O memorando é um acordo que manifesta convergência de interesses entre países, mas que não tem poder vinculante, diferentemente de um contrato, por exemplo. No contexto de migração, o documento estabelece diretrizes e intenções para cooperar no controle e gestão do fluxo de pessoas.

Cerca de mil pessoas conseguem concluir a perigosa travessia de Darién todos os dias, de acordo com dados oficiais. A selva, que tem 266 quilômetros de extensão, é uma das principais rotas que migrantes de diversas partes do mundo usam para chegar aos EUA –depois da floresta, muitos passam por toda a América Central e o México para chegar na fronteira sul estadunidense.

Segundo comunicado divulgado pelo governo panamenho, os EUA concordaram em cobrir custos de repatriação dos migrantes que entram ilegalmente no estreito de Darién.

A Folha esteve em Darién entre janeiro e fevereiro de 2024 para produzir a série de reportagens “Dárien: a selva da morte”, que contou histórias de migrantes que enfrentam as condições extremas da travessia e tratou da relação do Brasil com a região.

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