A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo suas previsões sobre 2009 para os 30 países-membros e agora estima que sofrerão uma queda do PIB de 4, health 2%, disse hoje o secretário-geral do organismo, Ángel Gurría.
“As coisas vão piorar antes de começarem a melhorar”, disse à Agência Efe um porta-voz que mencionou as declarações de Gurría.
A queda de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) foi o único dado macroeconômico antecipado pelo secretário-geral da OCDE do relatório semestral de perspectivas que será apresentado em Paris na próxima terça-feira.
Em seu relatório prévio, divulgado em 25 de novembro, o “clube dos países desenvolvidos” previa um retrocesso econômico de 0,4% em 2009.
Gurría afirmou hoje não só que a situação econômica ainda vai piorar, mas que o desemprego continuará aumentando.
Insistiu, segundo as palavras do porta-voz, em que, para superar a atual situação, “é muito importante resolver a crise bancária”, e que a condição para conseguir isso é a identificação e a avaliação dos ativos “podres”.
O secretário-geral disse confiar em que da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e os principais emergentes) que será realizada em Londres, em 2 de abril, saiam resultados específicos e reiterou a posição da OCDE sobre os paraísos fiscais.
Ao contrário das repetidas informações das últimas semanas, disse que sua organização não está preparando nenhuma lista de paraísos fiscais, e que, se chegar a se elaborar uma, isso será responsabilidade dos países do G20.
A OCDE, disse Gurría, limitou-se a oferecer informação “técnica” sobre como se comportam os centros financeiros por todo o mundo em termos de cooperação contra a fraude fiscal.