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Opositora venezuelana, Machado pede ajuda à comunidade internacional

Machado vive escondida em seu país desde agosto, depois de denunciar fraudes nas eleições presidenciais de julho

Redação Jornal de Brasília

02/10/2024 13h47

venezuela election vote aftermath protest

(Foto de JUAN BARRETO/AFP)

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, entrou nesta quarta-feira (2) na comunidade internacional para aumentar a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro para que ele renuncie.

Machado vive escondida em seu país desde agosto, depois de denunciar fraudes nas eleições presidenciais de julho.

Maduro afirmou ter vencido essas eleições, mas a oposição insistiu que o seu candidato, Edmundo González Urrutia – atualmente exilado na Espanha – foi quem venceu por ampla maioria.

Após o anúncio da reeleição de Maduro, eclodiram protestos que deixaram 27 mortos e pelo menos 2.400 detidos acusados ​​de “terrorismo”.

“Precisamos que a comunidade internacional e a justiça internacional atuem” e responsabilizamos Maduro e outras autoridades venezuelanas, declarou Machado em inglês, em uma conferência em Praga, capital da República Tcheca.

Machado transmitiu esta mensagem dois dias depois de ganhar o prêmio Václav Havel do Conselho da Europa, sendo a primeira latino-americana a obter este prêmio que garante ações em defesa dos direitos humanos.

O líder da oposição instou a comunidade internacional a aumentar a pressão sobre os pilares do poder de Maduro, incluindo o exército e a polícia. “Devemos informá-los de que serão responsabilizados”, declarou.

Machado acrescentou que o mundo deve continuar monitorando Urrutia como o presidente eleito e ajudar a cortar “recursos financeiros ilícitos” de Maduro.

“Estes vêm do tráfico de drogas. Vêm da mineração ilegal e do contrabando de ouro e até do tráfico de seres humanos”, disse, observando que “os países europeus podem fazer muito para ajudar a fechar estes fluxos imediatamente”.

O opositor acrescentou que as potências ocidentais devem dar prioridade à Venezuela, uma vez que “esta tragédia vai muito além das [suas] fronteiras”.

“O regime está desestabilizando toda a região”, insistiu Machado, acrescentando que abre as portas para países como Rússia, Irã, Cuba ou Síria exercem influência na América Latina.

“Maduro nunca esteve tão fraco e isolado como está agora e precisamos colocar mais pressão sobre ele porque esta é uma oportunidade pela qual lutamos há duas décadas e meia”, acrescentou.

frj/mmp/hgs/mb/aa/dd

© Agence France-Presse

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