O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos apelou, nesta terça-feira (3), para uma investigação “independente, imparcial e transparente” sobre a “execução sumária” dos seis reféns israelenses na Faixa de Gaza, em uma mensagem na rede X .
“Estamos horrorizados com os relatos de que grupos armados palestinos realizaram uma execução sumária de seis reféns israelenses, o que constituiria um crime de guerra”, escreveu o alto comissário, Volker Turk, que também pediu que os responsáveis fossem “responsabilizados”.
O Exército israelense anunciou no domingo a descoberta, em um túnel na Faixa de Gaza, de corpos de seis reféns que, segundo ele, foram assassinados “à queima-roupa” pelo Hamas. O território palestino é cenário de uma guerra devastadora entre Israel e o movimento islâmico Hamas há quase onze meses.
Segundo um membro do Hamas, que falou sob condição de anonimato, os seis reféns foram “mortos por tiros e bombardeios do ocupante”.
Durante o ataque do Hamas a Israel, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza em 7 de outubro, 251 pessoas foram sequestradas, 97 continuaram detidas em Gaza, das quais 33 foram declaradas mortas pelo Exército.
Este ataque resultou na morte de 1.205 pessoas do lado israelense, a maioria civis.
Em resposta, Israel lançou uma grande explosão aérea e terrestre em Gaza, que até agora deixou pelo menos 40.819 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. A maioria são mulheres e menores, segundo a ONU.
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