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ONU denuncia ‘piores restrições’ à ajuda humanitária em Gaza desde o início da guerra

A ofensiva de represália israelense na Faixa de Gaza pelos ataques do movimento islâmico Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel devastou amplas áreas do território palestino

Redação Jornal de Brasília

15/10/2024 15h31

palestinian israel conflict

Foto de Bashar TALEB / AFP

A ONU estimou, nesta terça-feira (15), que a população da Faixa de Gaza está enfrentando as dificuldades que limitam a ajuda humanitária desde o início da guerra há um ano, alertando especialmente sobre o impacto devastador dessa situação nas crianças.

“A situação das crianças é cada dia pior que a anterior”, declarou James Elder, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

A ofensiva de represália israelense na Faixa de Gaza pelos ataques do movimento islâmico Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel devastou amplas áreas do território palestino.

O Exército israelense intensificou suas operações no norte do território, onde segundo milhares de pessoas estão presas, a ONU.

“A quantidade de ajuda humanitária que foi enviada em agosto à Faixa de Gaza foi a mais baixa em um mês desde quando estourou uma guerra”, declarou Elder, que acrescentou que houve “vários dias durante a semana passada [nos quais] não se autorizou entrar em nenhum caminhão”.

“Provavelmente, estamos observando às piores restrições jamais vistas em matéria de ajuda humanitária”, denunciou.

No início do ano, quando a ONU teve uma crise de fome na Faixa de Gaza, houve “uma verdadeira pressão para abrir novas rotas e novos pontos de acesso”, destacou Elder.

Mas hoje, “a situação é totalmente satisfatória”, explicou, acrescentando que desde maio, “os pontos de entrada foram sistematicamente bloqueados”.

O norte da Faixa “não recebeu nada de comida, nenhuma ajuda alimentar durante todo o mês de outubro”, lamentou.

Essa situação, somada aos incessantes bombardeios e ao fato de que ao redor de 85% do território recebeu ordens de evacuação, faz com que a Faixa seja “totalmente inabitável”, declarou.

Apesar de tudo isso, na segunda-feira iniciou-se uma segunda fase da campanha de vacinação contra a pólio, na qual foram administradas cerca de 93.000 doses, indicou o porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Tarik Jasarevic.

A campanha de vacinação contra a pólio começou depois que o território restrito confirmou o primeiro caso dessa doença em 25 anos.

Como a primeira, essa segunda fase será dividida em três etapas, graças também às pausas humanitárias observadas para esse fim.

O objetivo é administrar uma segunda dose em mais de 590 mil crianças de menos de dez anos.

© Agence France-Presse

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