Representantes de várias ONGs, incluindo brasileiras, protestaram hoje em frente à sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, contra a política comercial “agressiva” do bloco europeu, denunciando que prejudica os agricultores de todo o mundo e que agrava a mudança climática.
Os ativistas fazem parte de uma caravana que viaja de Genebra a Copenhague, com o objetivo de manifestar-se contra a Organização Mundial do Comércio (OMC) – cuja sede fica na cidade suíça – e denunciar o impacto da globalização na mudança climática.
A caravana, que conta com 30 pessoas, chegará na próxima quarta-feira a Copenhague, onde teve início hoje a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15).
Em Bruxelas, os ativistas se mobilizaram em frente à sede da Comissão Europeia para pedir “justiça” no comércio e no meio ambiente, além de denunciar que as políticas da União Europeia (UE) nos dois âmbitos “são resultado da pressão em massa das grandes empresas”.
Participam da campanha organizações como a Amigos da Terra, a Via Campesina, associações de indígenas e de países como México, Panamá e Brasil.
A caravana fez um tour guiado perto da federação BusinessEurope, que representa as patronais europeias; da companhia petrolífera BP; e da multinacional Monsanto, que comercializa transgênicos.
As ONGs acusam as empresas de obstaculizarem um acordo sobre esforços na luta contra a mudança climática.
Sobre os transgênicos, as ONGs denunciaram que seu cultivo tem prejudicado superfícies “valiosas de florestas, além de deslocar as comunidades indígenas”.
