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Número de mulheres mortas em presídio de Honduras sobe para 46

O número de mulheres mortas após o confronto de gangues em um presídio de Honduras subiu para 46

FolhaPress

21/06/2023 13h49

Foto: Reprodução/ AFP

O número de mulheres mortas após o confronto de gangues em um presídio de Honduras subiu para 46, enquanto os corpos morreram a ser entregues a suas famílias, fontes de informação do Ministério Público.

“Quarenta e seis é o número total de corpos que chegaram à Medicina Forense”, disse o porta-voz do Ministério Público, Yuri Mora, que explicou que é preciso aguardar os exames de identificação para verificar se todas as vítimas estão detidas.

A porta-voz da Direção de Medicina Forense, Issa Alvarado, informou que “há 23 corpos identificados com nomes e sobrenomes e foram entregues aos familiares”.

O confronto entre gangues rivais aconteceu na terça-feira (20) no Centro Feminino de Adaptação Social (Cefas) em Támara, 25 milhas ao norte de Tegucigalpa.

Segundo as autoridades, os detentos da gangue Bairro 18 invadiram o prédio onde estão seus rivais da Mara Salvatrucha (MS-13), disparando com arma de alto calibre, e depois atearam fogo.

“O módulo está completamente destruído, foi totalmente queimado”, disse a presidente da associação de familiares de pessoas privadas de liberdade, Delma Ordoñez.

Os corpos pediram para chegar ao Necrotério Judicial de Tegucigalpa na terça-feira à tarde.

Durante toda a noite, familiares se reuniram nos arredores do necrotério em busca de informações, muitos sem saber se seus pais estavam entre as vítimas. A entrega dos corpos começou na madrugada, segundo Alvarado.

“Espera-se que seja um processo rápido para dar uma resposta imediata aos familiares”, afirmou porta-voz à AFP.

Ela indicou que a Medicina Forense tem uma sala de necropsias com capacidade para 15 macas, e cinco equipes de médicos funcionam de forma simultânea.

No “processo”, o corpo que dá entrada é etiquetado com um número de necropsia, e então são feitos raios-x e exames laboratoriais para a elaboração de um parecer que é entregue ao Ministério Público.

Os médicos determinaram as causas da morte de cada pessoa, porque houve “disparos de armas de fogo, armas brancas, pessoas carbonizadas”, acrescentou.

O Cefas abrigava cerca de 900 detentas.

  • “Emergência” –
    A presidente de Honduras, Xiomara Castro, disse no Twitter que está “abalada” com o “monstruoso assassinato de mulheres (…) planejado por gangues” e “à vista” das autoridades de Segurança. Ela anunciou “medidas drásticas” após o incidente e, à noite, demitiu o ministro da Segurança.

A vice-ministra de Segurança, Julissa Villanueva, declarou “emergência” no presídio e autorizou “a intervenção imediata com acompanhamento de bombeiros, policiais e militares”, escreveu no Twitter.

Villanueva foi nomeada para o cargo depois que confrontos em quatro presídios perderam um morto e sete feridos em abril.

A vice-ministra anunciou então um plano para controlar os 26 presídios do país, ocupados por cerca de 20 mil detentos. O plano inclui “desarmamento real por meio de buscas manuais e eletrônicas permanentes” e “bloqueio total do sinal telefônico” para evitar que os reclusos continuem cometendo crimes dentro das cadeias.

© Agence France-Presse

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