A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que, nas últimas 24 horas, a China registrou 206 diagnósticos de coronavírus, menor número de novos casos desde 22 de janeiro, dos quais apenas oito foram fora da província de Hubei. “Número de casos de coronavírus na China continua a cair”, revelou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.
Segundo a Organização, desde o domingo, 1º de março, houve nove vezes mais registros da doença no resto do mundo do que em território chinês.
Até agora, além da China, 61 países tiveram 8.738 casos – metade das quais na Coreia do Sul -, com 127 mortes .
“As epidemias na Coreia do Sul, Itália, Irã e Japão são nossas maiores preocupações”, disse Tredos.
Mesmo assim, no geral, entre as 88.913 pessoas infectadas com o vírus, 90% estão no país asiático. Além disso, mais de 130 nações não registraram a enfermidade.
Por isso, a OMS ainda não classificou o surto como uma pandemia.
“Não hesitaremos em chamar o coronavírus de pandemia se as evidências apontarem para isso”, garantiu o diretor-geral, acrescentando que a contenção é possível em todos os países.
FMI e Banco Mundial dizem que estão prontos para ajudar com coronavírus
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial divulgaram comunicado conjunto, no qual os dois organismos afirmam estar prontos para ajudar os países membros a lidar com “a tragédia humana e o desafio econômico representados pelo coronavírus”. Os dois órgãos dizem estar “ativamente engajados com instituições internacionais e autoridades dos países, com especial atenção para os países pobres em que os sistemas de saúde são mais fracos e as pessoas estão mais vulneráveis”.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmam que usarão “todos os instrumentos disponíveis”, incluindo “financiamento emergencial”, assessoria política e assistência técnica. “Em particular, nós temos instrumentos de financiamento rápido que, coletivamente, podem ajudar os países a responder a uma ampla série de necessidades”, afirmaram, defendendo o fortalecimento do monitoramento de saúde e dos sistemas de respostas como “cruciais para conter a disseminação deste e de qualquer outro surto futuro”.
As entidades afirmam ainda ser essencial a cooperação internacional para lidar com o impacto de saúde e econômico do coronavírus. “O FMI e o Banco Mundial estão totalmente comprometidos para prover o apoio que as pessoas de nossos países membros esperam de nós”, garantem.
Estadão Conteúdo