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Na Argentina, mídia local vê Massa melhor em debate, colocando Milei na defensiva

O analista não viu um claro vencedor, mas considerou que Massa levou com folga o primeiro bloco, com Milei “mais atrevido” no segundo e no terceiro blocos

Redação Jornal de Brasília

13/11/2023 12h32

 A grande imprensa da Argentina em geral considerou que o ministro da Economia, Sergio Massa, se saiu melhor no debate realizado no domingo, 12, que reuniu os dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais do país. O La Nación questionou alguns analistas, e em todos os casos o governista era visto como o de melhor desempenho, com margens variáveis frente ao candidato ultralibertário Javier Milei.

Entre os analistas ouvidos pelo jornal, Joaquín Morales Solá deu vantagem modesta a Massa, mas criticava o fato de que o atual ministro ficou com maior foco em “desestabilizar Javier Milei”, uma intenção “ostensiva desde o primeiro segundo do debate”.

O analista não viu um claro vencedor, mas considerou que Massa levou com folga o primeiro bloco, com Milei “mais atrevido” no segundo e no terceiro blocos.

Já Carlos Pagni, ouvido também pelo La Nación, considerou que o ministro da Economia mostrou que preparou muito bem seus argumentos, para explicar cada tema, e buscou também traçar uma “radiografia minuciosa das fraquezas de Javier Milei”.

Pagni acredita que Massa conseguiu com destreza cumprir a tarefa de, sendo membro do atual governo, ocupar a posição de questionar o opositor.

Em política externa, por exemplo, Pagni acredita que Milei “deixou claro que lhe faltou bastante preparação”.

José Del Rio considerou o debate uma oportunidade perdida para debater de fato o quadro do país, ao destacar que os candidatos se centraram em questões menores, como quando Massa perguntou a Milei como foi o estágio dele no Banco Central da República Argentina (BCRA), que este agora pretende fechar, mas também deu vitória ao governista.

Gail Scriven deu vitória ainda mais clara a Massa, considerando-o “claramente mais preparado com seus ataques, dados e gestos”, deixando Milei na defensiva.

Jorge Liotti também via vitória de Massa, “impondo-se claramente” ao discutir os riscos de uma eventual vitória do oposicionista.

Inés Capdevila também deu vitória ao governista, apontado como mais preparado.

No Ámbito Financiero, a avaliação era de que Massa conseguiu dominar “os tempos e os temas” do debate, enquanto o oposicionista “não cometeu erros não forçados”.

Clarín também via Massa em vantagem, “diante de um Milei que não aproveitou a enorme crise deixada pelo governo”, e avaliou que o ministro conseguiu pressionar o oposicionista ao longo do evento.

Mais à esquerda, o Página 12 via Milei com “um desempenho pobre”. Segundo a avaliação nesse diário, o candidato governista conseguiu impor sua agenda e marcar o ritmo da discussão.

Mais liberal, o Cronista afirmou que Massa se concentrou em “quebrar o discurso do libertário e evidenciar seus flancos frágeis”, enquanto Milei “buscou se mostrar sereno, mas caiu no jogo do ministro mais de uma vez”.

Estadão Conteúdo

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