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Muçulmanos condenam vídeo que satiriza Maomé na Dinamarca

Arquivo Geral

07/10/2006 0h00

O Banco Central encaminhou à Polícia Federal todas as informações sobre os registros de compra de dólares pelo Banco Sofisa em agosto, website like this health cumprindo determinação da Justiça Federal no Mato Grosso, que investiga o chamado "dossiê Serra".

Também foram enviados à PF, segundo nota do BC divulgada nesta sexta-feira, os dados das operações "de venda de dólares do Banco Sofisa acima de 10 mil dólares para outras instituições ou pessoas físicas, no período de 17 de agosto a 14 de setembro, e os respectivos rastreamentos".

Na madrugada de 15 de setembro, os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos em um hotel em São Paulo com 1,1 milhão de reais e 248,8 mil dólares. O dinheiro seria usado para compra de um dossiê com informações contra o então candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra.

O caso atingiu nomes de primeiro escalão do PT, entre eles Ricardo Berzoini, que, em função do escândalo, deixou a coordenação da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, nesta sexta-feira, a presidência do PT.

Desde então, a PF vem trabalhando para descobrir a origem do dinheiro. A PF chegou até o Banco Sofisa após receber do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) informações sobre o caminho de parte dos dólares apreendidos.

Na nota divulgada nesta sexta-feira, o BC diz que oficiou, na semana passada, os bancos Bradesco, BankBoston, Safra e Banco do Brasil para que enviassem diretamente à PF informações referentes a saques em reais.

De acordo com o BC, os dados solicitados referem-se às retiradas "acima de 10 mil reais ou saques acima de 2 mil reais que, de forma seriada, ultrapassem 10 mil reais, realizados entre 28 de agosto e 14 de setembro nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo".

A primeira pesquisa de intenções de voto para o segundo turno mostrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma vantagem de 7 pontos percentuais sobre o candidato do PSDB, look Geraldo Alckmin.

Segundo levantamento do Datafolha, information pills divulgado pela TV Globo nesta sexta-feira, clinic Lula tem 50 por cento das intenções totais de voto contra 43 por cento de Alckmin. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

A última pesquisa antes do primeiro turno mostrava uma simulação de segundo turno entre os dois candidatos com o petista somando 49 por cento e o tucano, 44 por cento.

No levantamento desta semana, feito entre quinta e sexta-feira, considerando-se os votos válidos – que excluem os brancos, nulos e indecisos –, Lula teve 54 por cento contra 46 por cento de Alckin.

O Datafolha ouviu 5.811 pessoas em 368 municípios do país.

O presidente eleito do México, this Felipe Calderón, diagnosis pediu na sexta-feira apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover o consumo de álcool combustível no seu país.

O conservador Calderón, medical ex-ministro da Energia, visitou na sexta-feira Brasília como parte de uma viagem pela América Latina antes de assumir a presidência, em 1o de dezembro.

"Pedi ao presidente Lula que me apoiasse para poder generalizar o consumo e a tecnologia no México para o etanol. Seria um produto que geraria enormes benefícios de caráter ambiental, econômico e para as finanças públicas", disse Calderón a jornalistas.

O presidente eleito afirmou que o desenvolvimento da ainda inexistente indústria do etanol no México traria vantagens para "os produtores de cana de açúcar no México, que vão enfrentar um desafio com a abertura comercial com os Estados Unidos em 2008".

O Brasil é o principal produtor mundial de álcool combustível, usado puro ou mesclado na gasolina. O México, por outro lado, é altamente dependente de petróleo, do qual é um dos maiores produtores mundiais.

O presidente da Bolívia, viagra buy Evo Morales, anunciou nesta sexta-feira a demissão de seu ministro de Minas e Metalurgia, Walter Villarroel, após um conflito de mineiros na mina Huanuni que deixou ao menos 16 mortos.

O novo ministro é José Guillermo Dalence, e como presidente interino da Coorporação Mineira da Bolívia (Comibol) foi nomeado Hugo Miranda.

A primeira semana de campanha do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil terminou com cenário distinto do fim do primeiro turno. O presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a equipe de campanha e fez acordos importantes, approved enquanto o tucano Geraldo Alckmin tropeçou em algumas alianças e teve desgastes com aliados.

Lula apareceu em público na segunda-feira, order após a votação do primeiro turno, this web com olheiras que revelavam o impacto de não ter vencido como esperava. Mas demonstrou agilidade para convocar os principais governadores eleitos de seu partido e dos partidos aliados para tocar a campanha.

"Lula conseguiu apoios que, no fundo, demonstram gestos de confiança na candidatura, confiança na vitória", disse Carlos Lopes, analista político da consultoria Santafé Idéias. "Não sei se resistem a uma adversidade, mas até aqui (o Lula) foi bem."

O petista Jaques Wagner, que teve eleição consagradora na Bahia, encerrando 16 anos de governos carlistas, trouxe novo ânimo à campanha do presidente, liderando uma frente de cabos eleitorais importantes, como os governadores também eleitos em primeiro turno Marcelo Déda (PT-SE), Binho Marques (PT-AC), Waldez Góes (PDT-AP), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Wellington Dias (PT-PI).

Também uniu-se à linha de frente de Lula o deputado federal eleito pelo Ceará, Ciro Gomes (PSB), que logo assumiu a tropa de choque da campanha. Ciro atacou os tucanos na questão ética, bandeira de Alckmin no primeiro turno, e acusou aliados do governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), de envolvimento com a "armação" do dossiê, que petistas tentaram comprar por 1,7 milhão de reais, mudando o curso da eleição no primeiro turno.

"Acho que foi a campanha do PSDB de São Paulo, não a campanha do Alckmin (…), e eles (petistas) caíram de quatro patas, idiotas e irresponsáveis", atacou Ciro, culpando tucanos e condenando petistas.

Alianças

No campo das alianças, Lula conquistou o apoio do candidato a governador do Rio de Janeiro pelo PMDB, Sérgio Cabral, que se manteve neutro durante o primeiro turno. Além de um cacife de 41,42 por cento dos votos do Rio de Janeiro, que obteve em primeiro turno, Cabral leva para a campanha de Lula o apoio de cerca de 80 prefeitos de municípios do Estado, que ele reuniu na quinta-feira para mostrar sua força política.

Lula reconheceu a importância do apoio e, no mesmo dia em que recebeu Cabral em Brasília, pela manhã, esteve no Rio, à noite, para retribuir a solidariedade política. Lula, que só planejava viajar ao Rio para um grande comício de rua, após o início da propaganda eleitoral, esteve na cidade, em um ato fechado, onde afirmou que "quem vota Lula, vota Sérgio Cabral".

O candidato-presidente obteve ainda o apoio protocolar do PSB, que só não esteve a seu lado no primeiro turno para assegurar que ultrapassaria a chamada cláusula de barreira, e da candidata ao governo do Maranhão, Roseana Sarney, do PFL, partido aliado do PSDB de Alckmin.

Enquanto a campanha de Lula navegou em águas calmas, Alckmin enfrentou revezes com aliados ao receber o apoio do ex-governador do Rio Anthony Garotinho e da governadora Rosinha, ambos do PMDB, e posar com eles para fotos que ocuparam as primeiras páginas de todos os jornais.

O apoio do casal Garotinho levou os aliados de Alckmin no Rio a romperem com a campanha num primeiro momento. O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), que participara ativamente da campanha do tucano no primeiro turno, disse que "a foto com Garotinho desmontava o discurso ético de Alckmin" e que sua campanha deveria seguir separada da de Denise Frossard (PPS) ao governo do Rio.

A candidata apoiada por Maia foi ainda mais longe e disse que votaria nulo para presidente da República. "Retiro o meu apoio e vou cuidar da minha vida", desabafou Frossard. A crise no Rio exigiu a intervenção de "bombeiros", como o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), e Frossard voltou atrás, declarando primeiro que não anularia o voto e, mais tarde, dizendo que votaria em Alckmin.

"O Alckmin não teve tanto sucesso (com as alianças) e teve uma coisa desagradável, com o apoio do Garotinho. Talvez seja algo que não tenha tanto impacto no público, mas, mesmo assim, não foi bom", comentou Carlos Lopes."

O analista da Santafé Idéias ponderou que pode até ser que no fim das contas o apoio de Garotinho garanta alguns votos a mais para Alckmin, "mas nesse primeiro momento o efeito não foi bom".

Enquanto sua campanha no Rio ainda pegava fogo, Alckmin foi à Bahia receber o apoio do grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), derrotado no primeiro turno das eleições. Alckmin apareceu ao lado dos também pefelistas Paulo Souto, que perdeu para Wagner a disputa pelo governo estadual, e do senador Rodolpho Tourinho, que também não se reelegeu.

Mas antes disso, ao se reunir com a bancada do PSDB na Bahia, enfrentou uma saia justa. O presidente do partido no Estado, deputado Jutahy Magalhães, saudou a vitória do petista Wagner e pediu a Alckmin para, se eleito presidente, atender os pleitos do novo governador.

"Se aqui na Bahia passar a idéia de que sua vitória é a tábua de salvação do carlismo, sua derrota será imensa", advertiu o deputado para constrangimento de Alckmin.

"Na arrumação das peças, o Lula se saiu melhor. Não é nada tão espetaculoso como em 2002, ainda assim foi melhor. Mas a campanha começa mesmo a partir de domingo, com o debate", resumiu Lopes.

"É o fim do carlismo. O carlismo está morto", viagra 40mg gritava o mestre de cerimônia em um comício em Salvador, treat para o delírio das mais de 10 mil pessoas. "A fera está ferida, a fera está raivosa", atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso no Farol da Barra. O nome da fera: senador Antônio Carlos Magalhães (PFL).

A eleição do petista Jaques Wagner ao governo da Bahia jogou a hegemonia de ACM na política do Estado no exílio, para o deleite de seus adversários. "Eles agiam como se isso aqui fosse um curral, como se isso aqui fosse uma fazenda, que eles mandavam e desmandavam", afirmou Lula, que visitou a capital baiana na noite de sexta para celebrar a vitória de Wagner, a mais surpreendente do primeiro turno das eleições. Mas o que se viu foi um ato de repúdio ao senador do PFL.

"Vocês aqui na Bahia deram lição a este país. Eu não deveria fazer discurso, devia estar dizendo obrigado a Deus por dar ao povo da Bahia a sabedoria de tirar essa oligarquia do poder e colocar um homem de mente arejada", continuou.

Candidato à reeleição, Lula criticou as "invenções" da oposição de que ele tenta incentivar uma luta da elite contra os desfavorecidos no Brasil. "A última que inventaram é que eu quero dividir o Brasil entre pobres e ricos", disse o presidente. "Eu não quero que o Brasil tenha pobres. Quero que todo mundo tenha direito a uma vida digna".

Em discurso duro, ele voltou a bater na tecla de que seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), fará privatizações e demitirá funcionários públicos, caso seja eleito. "Peguem o programa do PFL e o discurso de meus adversários. Quando ele falar em diminuir o gasto em conta corrente, significa mandar servidor publico embora", afirmou.

"No programa do PFL, falar privatização é a loucura deles de privatizar e vender o patrimônio publico", disse. "E se a gente não ficar esperto, vão querer privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, por que eles, como não sabem administrar, só sabem vender patrimônio público para pagar a dívida que eles contraem".

Na platéia, um eleitor ilustre, mas discreto. Duda Mendonça, antigo marqueteiro do presidente, foi encontrado pelas lentes das câmeras. Uma de suas agências de publicidade funciona exatamente em frente ao local onde o palanque foi construído. Na varanda do edifício onde estava, uma grande faixa dizia: "É Lula já, mais uma vez".

Ao lado do presidente e do governador eleito, estavam o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), a primeira-dama, Marisa Letícia, aparentando uns quilinhos mais magra, e o senador eleito pelo PDT, João Durval, aliado de Wagner no Estado, contrariando a direção nacional de seu partido.

Segundo a Polícia Militar, entre 10 mil e 15 mil pessoas acompanharam o evento. Em seu discurso, Wagner alimentou a ira da torcida contra ACM, recebendo de Lula a incumbência de não errar. "Cala a boca, mal educado, que você não representa o povo baiano", disse Wagner em uma referência ao senador do PFL. Vitorioso nas eleições de domingo, ele prometeu o melhor e maior governo da história da Bahia, e se prontificou a trabalhar em outros Estados para conquistar votos para Lula.

Enquanto o ato anti-carlista seguia num dos points do carnaval baiano, um forró usado na campanha embalava a multidão. "Panelinha num lado, panelinha do outro, já estou cansado de ACM e Paulo Souto", dizia a letra, numa referência ao governador, candidato derrotado e afiliado político de ACM.

Mas nem tudo foi alegria na festa da vitória do governador eleito da Bahia. "É um desrespeito ligar para gente, mandar a gente vir e não deixar a gente entrar", reclamou, nervosa, Vanilda Medeiros (PPS), candidata derrotada a deputada estadual, que recebeu 931 votos.

Outros candidatos derrotados engrossavam a fila de acesso ao palanque. A organização do evento só liberou a entrada quando a imprensa percebeu o tumulto e começou a entrevistar os barrados no baile.

Pelo menos 14 pessoas morreram e 13 ficaram feridas na manhã de hoje, ed quando um carro, dirigido por um militante suicida, atingiu um posto de controle do exército iraquiano na cidade de Tal Afar, norte do país, segundo a polícia.

O coronel Kareem Khalaf, da polícia de Tal Afar, disse que dez civis estão entre os mortos. Em março, o presidente dos EUA, George W. Bush, citou Tal Afar, 420km a noroeste de Bagdá, como exemplo do progresso que ocorria no Iraque após as forças norte-americanas terem expulsado militantes da al Qaeda durante uma ofensiva em 2005.

O ataque é o quarto do gênero a alvejar a polícia e o exército iraquianos nas últimas duas semanas. Em maio, um atentado suicida, também utilizando um carro, matou 17 pessoas em um movimentado mercado da cidade.
Homens armados mataram, side effects em uma emboscada, dois jornalistas alemães que viajavam pelo norte do Afeganistão hoje, disseram autoridades afegãs. A polícia disse que os dois, um homem e uma mulher, estavam trabalhando em um documentário.

"Insurgentes não-identificados descarregaram uma rajada de balas no veículo deles (jornalistas)", disse o general Azim Hashimi, oficial de segurança na província de Baghlan, a cerca de 120 quilômetros ao norte de Cabul.

Ambos viajavam de Baghlan para a província central de Bamiyan. Eles eram levados por um motorista, mas Hashimi disse que não havia notícias sobre ele. Documentos indicavam que os dois trabalhavam para a rede Deutsche Welle, disse Hashimi.

A violência aumentou no Afeganistão neste ano, principalmente no sul e no leste, onde insurgentes do talibã têm entrado em confronto com tropas estrangeiras e do governo.
Ataques também têm ocorrido em Cabul, no oeste e no norte do país, mas a província de Baghlan vinha registrando uma relativa calmaria ultimamente.

Os crimes aumentaram no Afeganistão desde a queda do talibã. A Alemanha tem um contingente de cerca de 2.750 soldados no país, como parte de uma missão da Otan.

Centenas de sobreviventes do terremoto do ano passado no Paquistão fizeram uma manifestação contra a corrupção na capital do país hoje, diagnosis fazendo acusações contra autoridades encarregadas da reconstrução.

Agitando cartazes com dizeres como "Parem de aceitar propinas", ampoule "Passem o inverno conosco" e "Construam nossas casas antes de a neve chegar", os manifestantes marcharam em passeata do Parlamento até a sede da Autoridade de Reabilitação e Reconstrução após o Terremoto.

A manifestação ocorreu um dia antes do primeiro aniversário do terremoto de 7,6 graus que deixou mais de 73 mil mortos e 3,5 milhões de desabrigados na Caxemira paquistanesa e partes da Província da Fronteira Noroeste.

Outras 1.500 pessoas morreram na Caxemira indiana. "Nos últimos quatro meses e meio eu não recebi um centavo sequer", disse Gohar Rehman, pai de cinco filhos que veio para Islamabad de Muzaffarabad, a devastada capital da Caxemira paquistanesa.

Um mês após a catástrofe, doadores internacionais prometeram ao Paquistão US$ 6,5 bilhões para ajudar o país nos trabalhos de resgate, recuperação e reconstrução. Mas muitos manifestantes disseram não estar recebendo assistência suficiente. Em relatório divulgado esta semana, a agência humanitária internacional Oxfam também disse que o avanço dos trabalhos de recuperação vem sendo pequeno e que entraves administrativos e corrupção têm agravado os problemas das vítimas.

Na quinta-feira o presidente Pervez Musharraf desmentiu as críticas e disse que as atividades de reconstrução estão avançando bem. Ele descreveu como extremamente exagerada a avaliação feita pela Oxfam segundo a qual pelo menos 1,8 milhão de pessoas que vivem em barracas e abrigos improvisados correm riscos diante do inverno no Himalaia.

O presidente disse que apenas 35 mil pessoas terão que enfrentar o inverno vivendo em barracas. Outras 2 mil pessoas fizeram um protesto em Muzaffarabad para expressar sua determinação em reconstruir a cidade devastada.

"O terremoto matou 45 mil pessoas na Kashemira Azad (paquistanesa), mas graças a Alá nosso povo não perdeu a coragem e está determinado a reconstruir sua vida", disse o primeiro-ministro da região, Sardar Attique Ahmed Khan, na manifestação. Antes dela, 200 estudantes se manifestaram numa homenagem a seus colegas que morreram no terremoto.

 

Líderes muçulmanos da Dinamarca condenaram hoje a exibição de vídeos que mostraram membros do Partido do Povo Dinamarquês (DF), viagra approved contrário a imigração, desenhando cartuns zombando do profeta Maomé, mas disseram que não reagirão.

Na sexta-feira a televisão estatal dinamarquesa exibiu um vídeo amador que mostrava vários membros da ala jovem do DF num acampamento de verão, em agosto, cantando, bebendo e participando de um concurso de desenhos humilhantes do Profeta.

Em se tembro do ano passado, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou charges, incluindo uma que mostrava o profeta Maomé com uma bomba em seu turbante. Clérigos muçulmanos qualificaram as charges de blasfemas, suscitando protestos no início do ano nos quais 50 pessoas morreram na Ásia, África e Oriente Médio.

"Diante dos problemas anteriores, precisamos agir com cautela", disse Ahmed Aby-Laban, um imã de Copenhague que no ano passado ajudou a organizar uma viagem ao Egito e Líbano para incentivar líderes muçulmanos a protestar contra as charges publicadas no jornal.

"Desta vez a situação é diferente. É claro que é deplorável, mas todos nós conhecemos a atitude do DF em relação ao islã e os muçulmanos, e essas imagens não foram feitas para ser publicadas", disse o clérigo à Reuters em entrevista pela televisão. A maioria dos muçulmanos considera uma ofensa que o profeta seja retratado em imagens.
Abu-Laban disse que lamenta a decisão da TV dinamarquesa de transmitir o vídeo, dizendo que ela suscita questões éticas.

"Temos nos esforçado muito para resolver os problemas desde os conflitos do início do ano", disse ele. As alas jovens de outros partidos, incluindo o governista Partido Liberal, criticaram o DF e disseram que vão protestar, deixando de participar de eventos políticos aos quais estejam presentes membros do Partido do Povo Dinamarquês.

Yildiz Akdogan, porta-voz dos Muçulmanos Democráticos, um grupo favorável à integração formado após os protestos contra os cartuns, em fevereiro, disse alegrar-se p elo fato de outros partidos terem condenado as ações. "Acho que os fatos são estúpidos e absurdos demais para provocar manifestações ou outras ações por parte de muçulmanos", disse ela.

"É claro que não são uma coisa boa e com certeza não ajudam em nada a promover a integração entre nossas comunidades, mas espero que não exerçam efeito duradouro". Kenneth Kristensen, um membro sênior da ala jovem do DF, criticou os fatos mas não chegou a formular um pedido de desculpas.

O Partido do Povo Dinamarquês ganhou destaque nas eleições de 2001, com base numa plataforma que combina a ênfase sobre o aumento dos gastos com a educação e os idosos e uma forte postura contrária à imigração. O partido vem sendo acusado de racismo, mas desde 2001 é aliado político da coalizão de centro-direita liderada pelo primeiro-ministro Anders Fogh Rasmussen.

 

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