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MSF suspende suas atividades na Cidade de Gaza por ofensiva de Israel

Clínicas da ONG ficam cercadas por tropas, colocando em risco bebês, feridos e pacientes terminais; milhares de palestinos continuam deslocados na região

Redação Jornal de Brasília

26/09/2025 15h11

Foto: Said Khatib/AFP

Foto: Said Khatib/AFP

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou, nesta sexta-feira (26), que suspenderá suas operações na Cidade de Gaza, pois seus centros de atendimento estão cercados por tropas israelenses, que lançaram uma ofensiva para tomar a cidade.

“Não temos escolha a não ser suspender nossas atividades, pois nossas clínicas estão cercadas por forças israelenses. Isso é a última coisa que queríamos, pois as necessidades na Cidade de Gaza são enormes e as pessoas mais vulneráveis — bebês em cuidados neonatais, feridos graves e pacientes em estado terminal — não conseguem se movimentar e correm grave perigo”, disse Jacob Granger, coordenador de emergência de MSF em Gaza.

Só na semana passada, as clínicas de MSF na Cidade de Gaza realizaram mais de 3.640 consultas e trataram 1.655 pacientes com desnutrição, de acordo com a ONG, que exige “o fim imediato da violência” e “acesso sem obstáculos” para os trabalhadores humanitários.

Apesar de suspender suas atividades na Cidade de Gaza, MSF afirma que deseja continuar apoiando os “serviços essenciais” nas instalações do Ministério da Saúde, incluindo os hospitais Al Helou e Al Shifa, “enquanto permanecerem operacionais”.

A Defesa Civil do território, que opera sob a autoridade do Hamas, informou que pelo menos 22 pessoas morreram desde o amanhecer em toda a Faixa de Gaza, incluindo 11 na Cidade de Gaza.

O Exército israelense afirmou em um comunicado nesta sexta-feira que a força aérea “atingiu mais de 140 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo terroristas, poços de túneis e infraestruturas militares” no último dia.

O Exército israelense informou na quinta-feira que 700.000 palestinos fugiram da Cidade de Gaza desde o final de agosto.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) estima que 388.400 pessoas iniciaram um êxodo em direção ao sul da Faixa de Gaza desde o final de agosto, a maioria delas deslocadas da Cidade de Gaza.

© Agence France-Presse

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