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México investiga empresários dos EUA por tráfico de combustíveis

Caso envolve altos comandantes da Marinha e ex-funcionários da alfândega; operações ilegais de gasolina e diesel, conhecidas como “huachicol fiscal”, foram parcialmente desarticuladas

Redação Jornal de Brasília

23/10/2025 14h13

Foto: Rodrigo Orozepa/AFP

Foto: Rodrigo Orozepa/AFP

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, informou nesta quinta-feira (23) que empresários dos Estados Unidos estão sendo investigados por contrabando de combustíveis daquele país, um negócio milionário que também envolve altos comandantes da Marinha mexicana.

Este caso de tráfico de gasolina e diesel, conhecido no México como “huachicol fiscal”, foi revelado no mês passado pelas autoridades após a detenção de um vice-almirante, cinco marinheiros, além de ex-funcionários da alfândega e empresários que formavam uma rede criminosa, vinculada também ao roubo desses produtos no país.

O vice-almirante preso chegou a atuar como secretário particular do chefe do Estado-Maior Geral da Marinha e, de acordo com meios de comunicação mexicanos, é sobrinho político do almirante Rafael Ojeda Durán, secretário da Marinha durante o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024).

“Sim, há empresários americanos nos processos de investigação”, afirmou a mandatária durante sua habitual coletiva de imprensa matinal.

Sheinbaum acrescentou que de outra forma “não se poderia explicar” como o combustível entrava no México se a organização criminosa envolvida “não tivesse alguém do outro lado”.

A presidente alegou que, após a investigação e as detenções efetuadas pelas autoridades, o contrabando já é “bastante” menor, o que se evidencia no aumento das vendas de combustíveis da petrolífera estatal Pemex e dos importadores legais.

“Há vários processos de investigação na procuradoria relacionados a este tema, alguns já foram apresentados ao juiz para obtenção dos mandados de prisão”, acrescentou a chefe de Estado.

O governo de Sheinbaum tem como uma de suas prioridades o combate à corrupção, um flagelo para o México.

AFP

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