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México agradece a Trump por anúncio sobre medidas drásticas contra tráfico de armas

Sheinbaum agradeceu endurecimento de Trump contra tráfico de armas, mas descartou militares dos EUA no México, com argumento de soberania

Redação Jornal de Brasília

05/05/2025 16h12

AFP

AFP

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, agradeceu nesta segunda-feira (5) os anúncios do governo de Donald Trump sobre medidas drásticas contra o tráfico de armas americanas que abastecem os cartéis do narcotráfico.

O combate a esse contrabando é uma das principais exigências do México a Washington em matéria de segurança, a tal ponto que o país está movendo ações judiciais contra fabricantes e distribuidores em tribunais americanos.

O México alega que entre 200 mil e 750 mil armas fabricadas por essas empresas chegam anualmente ao seu território procedentes dos Estados Unidos, devido ao que considera um comércio “negligente e ilícito” por parte dos responsáveis.

O governo mexicano afirma que a grande maioria dessas armas é encontrada em cenas de crime no país.

“Há três dias (…) o presidente Trump disse: ‘Mão dura contra o tráfico de armas dos Estados Unidos para o México’. Isso nunca tinha sido ouvido antes de um presidente dos Estados Unidos. E é importante para o México que o tráfico de armas seja interrompido”, afirmou Sheinbaum durante sua habitual coletiva de imprensa.

A presidente referia-se a declarações de um funcionário da agência americana de controle de álcool, tabaco, armas e explosivos, a ATF, que destacou que o presidente Trump e a procuradora-geral, Pam Bondi, deram ordens claras sobre como combater os contrabandistas.

“Trabalhamos para o presidente dos Estados Unidos, para a procuradora-geral Bondi, e sua diretriz é tomar medidas drásticas contra o tráfico de armas de fogo”, disse na última sexta-feira Brendan Iber, agente especial da ATF, durante uma coletiva de imprensa no Arizona.

Por outro lado, Sheinbaum evitou responder às declarações de Trump no domingo, nas quais o republicano afirmou que a presidente mexicana rejeitou sua oferta de enviar militares ao México para combater o narcotráfico por “medo” das organizações criminosas.

Em vez disso, reiterou que recusou a oferta de envio de militares com base em argumentos de soberania e insistiu que não se comunicará com Trump por meio da imprensa, mas sim por canais oficiais e comunicação pessoal.

“É uma comunicação fluida, boa, em que temos muitos acordos e outros temas nos quais não há acordo, mas estamos dialogando permanentemente”, acrescentou Sheinbaum, ao lembrar que manteve pelo menos cinco conversas telefônicas com Trump desde que o republicano assumiu o poder em janeiro.

© Agence France-Presse

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