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María Corina Machado não vai participar da cerimônia do Prêmio Nobel da Paz

A assessoria da política, no entanto, está “otimista” com a participação de Machado, que fez sua última aparição pública há 11 meses, no restante da agenda do dia.

Redação Jornal de Brasília

10/12/2025 9h28

Venezuelan opposition leader Maria Corina Machado speaks during a press conference at her party headquarters in Caracas, on March 26, 2024. – Venezuela’s main opposition leader said Tuesday that President Nicolas Maduro had “chosen” his poll rivals after key contenders were blocked from running in the July presidential election. “What we warned about for many months ended up happening: the regime chose its candidates,” said Maria Corina Machado, who was banned from holding public office by courts loyal to Maduro and whose proxy candidate was unable to register by the deadline at midnight on Monday. (Photo by Ronald PEÑA / AFP)

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, que vive escondida no país, não vai receber pessoalmente o Prêmio Nobel da Paz nesta quarta-feira, 10, em Oslo, informou o Instituto Nobel da Noruega. A assessoria da política, no entanto, está “otimista” com a participação de Machado, que fez sua última aparição pública há 11 meses, no restante da agenda do dia.

Ela não é a primeira a “perder” a cerimônia: cinco laureados estavam detidos ou presos na época da premiação. O caso mais recente é o da ativista iraniana Narges Mohammadi, ganhadora de 2023, que se opôs ao uso obrigatório do hijab e à pena de morte. Mohammadi estava detida na prisão de Evin, em Teerã, à época da premiação.

A filha de Machado receberá a honraria em seu nome. Ela fará a leitura de uma declaração escrita por sua mãe, informou o diretor do Instituto Nobel, Kristian Berg Harpviken

Machado não é vista em público desde 9 de janeiro, quando foi detida depois de participar de um protesto em Caracas, capital da Venezuela.

Caminho até o Nobel da Paz

María Corina foi anunciada ganhadora do Nobel da Paz em 10 de outubro. O prêmio foi concedido à Machado “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

Ela venceu as primárias da oposição e pretendia desafiar o presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais do ano passado, mas o governo a impediu de concorrer ao cargo. O diplomata aposentado Edmundo González assumiu seu lugar na corrida presidencial.

Mas o período que antecedeu as eleições de 28 de julho de 2024 foi marcado por repressão generalizada, incluindo desqualificações, prisões e violações dos direitos humanos. A situação se agravou após o Conselho Nacional Eleitoral do país, composto por aliados de Maduro, declarar o atual presidente vencedor.

Após a reeleição de Maduro, González buscou asilo na Espanha no ano passado, depois que um tribunal venezuelano emitiu um mandado de prisão contra ele.

Estadão Conteúdo.

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