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Macron tacha pedidos de renúncia como ‘ficção política’

“Não faz sentido […] francamente, não é correto dizer essas coisas”, afirmou o chefe do Estado de centro-direita durante uma visita à Arábia Saudita

Redação Jornal de Brasília

03/12/2024 16h19

Foto: AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, rechaçou nesta terça-feira (3) os chamados para que renúncia e os tachou de “ficção política”, um dia antes da votação de duas moções de censura apresentadas contra o governo do primeiro-ministro conservador Michel Barnier.

“Não faz sentido […] francamente, não é correto dizer essas coisas”, afirmou o chefe do Estado de centro-direita durante uma visita à Arábia Saudita.

“A razão pela qual estou diante de vocês é que fui eleito duas vezes pelo povo francês. Tenho muito orgulho disso e honrarei esta confiança com toda a energia que me corresponde até o último segundo para ser útil ao país”, acrescentou.

Sua declaração chega um dia antes dos deputados franceses votarem duas moções de censura por esquerda e extrema direita contra o governo.

Exceto por uma mudança da última hora, um movimento de censura apresentado pela coalizão de esquerda da Nova Frente Popular (NFP) deve ser aprovado com o apoio da extrema direita do Reagrupamento Nacional (RN).

Macron acusou o RN de “cinismo insuportável” por apoiar o movimento e disse que não acreditava na “votação de uma censura” do Executivo que está há apenas três meses no poder.

A segunda maior economia da União Europeia está mergulhada numa crise política desde que Macron decidiu, em junho, antecipar as eleições legislativas previstas para 2027, que resultaram num Parlamento sem maiorias claras.

Nos últimos dias, Barnier multiplicou as concessões ao RN, o partido com mais deputados no Parlamento, para evitar que apoiasse a moção de censura da esquerda.

O presidente também disse que “não se deve assustar as pessoas”, referindo-se aos riscos de uma crise financeira caso o governo de Barnier Caia.

“Não se deve assustar as pessoas com essas coisas, temos uma economia forte”, frisou. “A França é um país rico, sólido, que realizou muitas reformas e as firmezas, que conta com instituições derivadas e uma Constituição estável”, afirmou.

© Agence France-Presse

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