O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou, nesta quarta-feira (18), as acusações de um ex-secretário de Segurança mexicano, declarada culpada de tráfico de drogas nos Estados Unidos, que acusou o mandatário de ter relação com líderes do narcotráfico.
Genaro García Luna, máximo responsável pela segurança durante o governo do ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012), disse uma carta enviada à imprensa que é de “conhecimento público” e constam em registros oficiais do México e Estados Unidos vídeos, áudios e fotos da comunicação e gestão de “López Obrador e seus operadores com os líderes do narcotráfico e suas famílias”.
O ex-funcionário também sugeriu, sem mostrar nenhuma prova, que o governo do esquerdista está por trás de suas notificações, pois proporcionou aos procuradores americanos “informação falsa” que serviu para solucionar o caso contra ele.
García Luna “escreve que há provas, há vídeos, há ligações telefônicas, há áudios. É muito simples: que ele as torne públicas”, disse López Obrador durante sua habitual entrevista coletiva matinal.
O presidente alegou que, durante sua carreira no serviço público mexicano, García Luna esteve envolvido em espionagem desde pelo menos 1989. “Como ele não poderia saber tudo sobre mim se fosse seu trabalho e se eu fosse um oponente? É claro que ele me espionou”, disse ele.
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