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Líder opositora na Venezuela fala em uma pausa operativa em mensagem a apoiadores

A mensagem também tem tom distinto do que vinha sendo divulgado até aqui. Agora María Corina fala em uma “pausa operativa” necessária

Redação Jornal de Brasília

06/08/2024 14h39

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A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, fala à mídia em Caracas em 29 de julho de 2024, um dia após as eleições presidenciais venezuelanas. Os protestos eclodiram na segunda-feira em partes de Caracas contra a vitória reeleitora reivindicada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mas contestada pela oposição e questionada internacionalmente, observaram jornalistas da AFP. (Foto de JUAN BARRETO/AFP)

MAYARA PAIXÃO
BOGOTÁ (FOLHAPRESS)

A repressão colocada em prática na Venezuela produziu um feito raro: a líder opositora María Corina Machado divulgou mensagem à sua base nesta terça-feira (6) sem mostrar sua imagem. É algo pouco comum para o rosto da mobilização opositora no país de Nicolás Maduro.

A mensagem também tem tom distinto do que vinha sendo divulgado até aqui. Agora María Corina fala em uma “pausa operativa” necessária. “O medo não vai nos paralisar, teremos perseverança e resiliência, mas isso não significa que estaremos sempre nas ruas”, diz pausadamente.

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, durante protesto em Caracas após as eleições Leonardo Fernandez Viloria – 3.ago.24 Reuters A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, durante protesto em Caracas após as eleições ** “Às vezes estamos incessantemente em ação. Mas nem sempre estamos ativos. Uma pausa operativa é necessária para assegurar que todos os elementos da estratégia estão alinhados e prontos para a ação.”

Nesta semana em que a repressão escalou no país, María Corina e o candidato opositor Edmundo González, que representou a coalizão nas urnas após a inabilitação da liberal para concorrer a cargos públicos, afirmaram estar resguardados para se protegerem.

Após a dupla publicar carta aberta aos militares e policiais nesta segunda-feira (6) se descrevendo como “presidente eleito” e “líder das forças democráticas na Venezuela” e pedindo apoio das Forças Armadas, o Ministério Público aliado ao chavismo anunciou uma investigação penal contra eles por incitar insurreição.

O próprio fato de María Corina não aparecer na imagem teria relação com o resguardo e a tentativa de não fornecer elementos visuais que ajudem a identificar em qual local a líder opositora está.
Este texto está em desenvolvimento.

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