Em entrevista coletiva concedida hoje em Teerã, o político, ligado ao líder supremo da Revolução iraniana, aiatolá Ali Khamenei, explicou que “algumas das atitudes da nova Administração irritaram o Irã”.
Larijani, que não especificou a quais decisões se referia, destacou ainda que “o tempo dirá quais são as verdadeiras intenções” da Casa Branca.
“Não notamos nenhuma mudança em relação à postura para com o Irã. Acho que a primeira coisa é que conheçam nosso país”, afirmou.
Logo após chegar ao Salão Oval, Obama anunciou sua intenção de inaugurar uma nova página nas relações do país com o Irã se o regime iraniano flexibilizasse suas posições.
Mas, na quinta-feira passada, a Administração americana decidiu estender as sanções internacionais impostas há 30 anos ao sistema teocrático iraniano.
Ao mesmo tempo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, convidou o Irã a participar da cúpula sobre o Afeganistão que será realizada na Europa no início de abril.
Sobre esse encontro, Larijani afirmou que “o papel do Irã no estabelecimento da paz é uma realidade e não requer que ninguém o ratifique”.
“Os tempos mudaram e chegou o momento da matemática, em vez de da literatura. O Governo do Irã joga o papel de um ator responsável na região”, afirmou.