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Kamala tenta melhorar seu desempenho eleitoral entre homens negros

Nas três semanas das eleições de 5 de novembro, um vice-presidente fará um comício no final do dia na localidade de Erie, às margens do lago do mesmo nome

Redação Jornal de Brasília

14/10/2024 17h37

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A vice-presidente dos EUA e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, fala durante um debate presidencial com o ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump no National Constitution Center na Filadélfia, Pensilvânia, em 10 de setembro de 2024. (Foto de SAUL LOEB/AFP)

Kamala Harris e Donald Trump dirigem-se mais uma vez à Pensilvânia, um estado-chave nas eleições presidenciais, onde um democrata vai se concentrar no eleitorado negro.

Nas três semanas das eleições de 5 de novembro, um vice-presidente fará um comício no final do dia na localidade de Erie, às margens do lago do mesmo nome.

Nesta segunda-feira (14), sua equipe de campanha revelou algumas de suas propostas para beneficiar os homens afro-americanos.

A ex-procuradora da Califórnia está perdendo nas pesquisas nessa faixa do eleitorado em comparação com seus antecessores democratas na corrida pela Casa Branca.

O programa é concebido para homens negros a criar pequenas empresas ou comércios, com empréstimos a juros baixos, e facilitar seu acesso à educação e formação.

– Um estado-chave –

Trump falará sobre temas econômicos com as populações da localidade de Oaks, nos arredores da Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia.

Nas eleições americanas, onde a votação acontece de forma indireta através da eleição eleitoral, este estado oferece 19 votos para quem vencer ali.

No domingo, no Arizona, o republicano retomou seu discurso anti-imigração, acusando os democratas de terem “importado um exército de ilegal” das “masmorras de todo o mundo”.

Também disse que “a Guarda Nacional”, e inclusive “o Exército”, deveriam ser convocados para lutar contra “o inimigo interno” dos Estados Unidos, “gente doente, lunáticos de extrema esquerda”.

O resultado destas eleições é mais certo do que nunca, com os dois adversários disputando ombro a ombro e uma distância que fica cada vez menor.

Dois levantamentos publicados no fim da semana mostram que Trump está ganhando a vantagem de Kamala, que luta para ganhar terreno entre os representantes negros e latinos.

Na quinta-feira passada, o ex-presidente Barack Obama criticou seus “irmãos” negros por sua relutância em eleger uma mulher pela primeira vez na história dos Estados Unidos.

Segundo uma pesquisa do New York Times/Siena College, 90% dos afro-americanos votaram em Joe Biden em 2020, um número que cai para 78% em relação a Kamala Harris.

Após assistir no domingo a um ofício religioso em uma igreja frequentada por negros em Greenville (Carolina do Norte), um vice-presidente, que completa 60 anos na próxima semana, concedeu uma entrevista a um jornalista negro, Roland Martin.

Nela, voltou a atacar a falta de transparência de Trump sobre seu estado de saúde.

– Estado de saúde –

O republicano, de 78 anos, negou a tornar público um relatório médico detalhado e decidiu participar de um segundo debate na televisão com seu rival.

“Por que sua equipe envelheceu dessa forma?”, questionou Kamala. “Talvez acredita que não está preparado, em má condição física e assustadora”, acrescentou.

A equipe de campanha de Trump contra-atacou nesta segunda, afirmando que Kamala estava em um “estado de desespero total […] perante a hemorragia entre as categorias de deputados que tradicionalmente se inclinam para os democratas”.

Está previsto que a candidatura retorne à Pensilvânia em meados desta semana. Ela também irá para outros dois estados-pêndulo, que não tem uma tendência política definida: Michigan e Wisconsin.

Se Kamala vencer na Pensilvânia, em Wisconsin e Michigan, terá a Presidência praticamente garantida.

© Agence France-Presse

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