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Justiça argentina arquiva processo contra jogadores de rugby franceses acusados ​​de estupro

A decisão de Arenas ainda pode ser objeto de recurso por parte do demandante, segundo o processo judicial, que ainda tem várias instâncias

Redação Jornal de Brasília

10/12/2024 16h23

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Foto de Andres Larrovere / AFP


A Justiça argentina determinou, nesta terça-feira (10), o arquivamento do processo contra dois jogadores de rugby franceses que foram acusados ​​de estupro por uma mulher na província de Mendoza em julho, informou o advogado da defesa.

Hugo Auradou e Oscar Jegou, ambos de 21 anos, foram acusados ​​de estupro por uma mulher de 39 anos que afirmou ter sido atacada em um hotel da capital de Mendoza na noite de 6 para 7 de julho, após um amistoso da seleção francesa de rugby contra a Argentina.

“Como esperávamos, os jogadores franceses foram absolvidos porque o ato foi consensual, ou seja, não houve crime e não há dúvida de que são inocentes”, declarou German Hnatow à imprensa ao fim da audiência realizada no Polo Judicial de Mendoza.

“Os jogadores foram vítimas de falsas acusações”, disse à AFP o advogado parisiense dos atletas, Antoine Vey.

Em comunicado, o tribunal afirmou que a decisão da juíza Eleonora Arenas teve como base o fato de que o ocorrido “não se enquadra em uma infração penal (…) Em conclusão, o fato investigado não constitui um crime”.

A decisão de Arenas ainda pode ser objeto de recurso por parte do demandante, segundo o processo judicial, que ainda tem várias instâncias.

Os autores da ação deixaram o tribunal sem emitir declaração. Agora têm 15 dias úteis para apresentar recurso.

“Mas o importante é que já existe uma declaração de inocência, uma sentença. A conclusão é clara: não houve crime, não houve relações sexuais em contexto de abuso, mas sim consensuais”, afirmou Hnatow.

Auradou e Jegou ficaram em prisão preventiva e, depois, em prisão domiciliar em Mendoza, até que foram liberados pela Justiça em meados de agosto e autorizados a retornar à França no início de setembro.

Um dos principais argumentos da defesa era que o autor do processo teria ocultado dos tribunais que sofria de síndrome de Von Willebrand, uma doença hemorrágica que afeta a coagulação do sangue e pode predispor a contusões ou hemorragias.

Segundo a defesa, esta condição justificava as marcas em seu corpo, que foram apresentadas como sinais de um encontro sexual violento.

O argumento foi rejeitado pela Promotoria e pela juíza, que trouxe contradições na denúncia.

O processo também contou como provas de áudios enviados pelo aplicativo WhatsApp, que vazaram na imprensa, nos quais o demandante falou favoravelmente com uma amiga sobre o encontro sexual com os jogadores.

© Agence France-Presse

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