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Junta eleitoral da Geórgia aprova contagem manual de votos nas eleições dos EUA

A medida, aprovada com três votos a favor e dois contra, impõe a contagem manual das cédulas, além da verificação por máquinas

Redação Jornal de Brasília

20/09/2024 17h55

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Foto: AFP

A junta eleitoral da Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, aprovou nesta sexta-feira (20) um regulamento que obrigará os condados a contar manualmente todos os votos nas eleições presidenciais de novembro, o que poderá atrasar a divulgação dos resultados nesse estado-chave para os quadrinhos.

A medida, aprovada com três votos a favor e dois contra, impõe a contagem manual das cédulas, além da verificação por máquinas. Segundo o texto, o objetivo é “garantir uma contagem segura, transparente e precisa” dos votos. No entanto, os críticos da norma afirmam que isso gerará atrasos e confusão.

A decisão foi impulsionada por uma maioria favorável ao ex-presidente Donald Trump na junta eleitoral da Geórgia, que tem feito diversas mudanças nas regras eleitorais nas últimas semanas.

Trump, candidato à reeleição contra a democrata Kamala Harris, continua alegando, quase quatro anos após sua derrota para Joe Biden, que o processo eleitoral foi fraudado.

A justiça da Geórgia acusou de iniciar autoridades para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020.

John Fervier, diretor da junta eleitoral, expressou ceticismo em relação à obrigatoriedade da contagem manual dos votos. “Iremos contra o conselho de nossos assessores legais se aprovarmos isso”, disse antes da votação. Ele acrescentou que “uma imensa maioria de funcionários eleitorais que entraram em contato comigo se o fizeram a isso”.

Saira Draper, congressista democrata da Câmara da Geórgia, acusou os defensores da nova regra de “tentar semear o caos” no processo eleitoral porque os condados não têm tempo ou recursos suficientes para implementar uma norma de forma eficaz.

Os críticos também argumentam que a contagem manual de um grande número de cédulas, após uma longa jornada eleitoral, pode levar a erros humanos que atrasarão ainda mais o processo.

Em agosto, a junta eleitoral da Geórgia já aprovou uma norma que permite que funcionários eleitorais locais realizem “investigações objetivas” se tiverem dúvidas sobre o resultado de uma eleição, outra medida que, segundo críticos, pode retardar a divulgação dos resultados.

© Agence France-Presse

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