Um jornalista que cobria narcotráfico e segurança através das redes sociais no estado mexicano de Durango (noroeste) foi assassinado, informou a procuradoria estadual à AFP nesta segunda-feira (27).
O jornalista é Miguel Ángel Beltrán, um repórter que anteriormente havia trabalhado na imprensa escrita, segundo relatos da imprensa local.
O México é considerado um dos países mais perigosos para o exercício do jornalismo, com mais de 150 comunicadores assassinados desde 1994, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
O corpo de Beltrán foi localizado no sábado em um trecho da rodovia que liga Durango ao balneário de Mazatlán, no estado vizinho de Sinaloa, revelou a imprensa local.
O jornalista realizava suas reportagens em contas de TikTok, sob o pseudônimo de Capo, e no Facebook, na página La Gazzetta Durango, constatou a AFP.
Em uma das suas últimas reportagens, na quarta-feira, Beltrán reportou a prisão de um líder da máfia local dos Cabrera Sarabia, que opera em Durango e é rival dos carteis de Sinaloa e Jalisco Nueva Generación, os mais poderosos do país.
Assim como Beltrán, muitos repórteres vítimas de ataques no México trabalham em áreas golpeadas pelo crime organizado e publicavam seus conteúdos em meios de comunicação pequenos ou redes sociais, geralmente em empregos precários.
Mais de 480.000 foram assassinadas no México desde dezembro de 2006, quando uma polêmica estratégia antidrogas com a mobilização de forças militares foi lançada.
AFP