O rei Abdullah, da Jordânia, se uniu aos líderes de outros países nesta quarta-feira e pediu uma estratégia coletiva para conter e derrotar os militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Segundo ele, haverá um preço a ser pago por todos os países se a ameaça do terrorismo for ignorada.
“Aqueles que dizem ‘isso não é nosso problema’ estão errados”, afirmou o monarca em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “A segurança de cada nação será definida pelo destino do Oriente Médio. Juntos, nós podemos e devemos tomar medidas humanitárias e de segurança urgentes para desenvolver soluções duradouras às crises de hoje.”
A Jordânia, que compartilha sua fronteira com a Síria e recebeu mais de um milhão de refugiados do país, está entre os cinco países árabes que participaram dos ataques aéreos contra o Estado Islâmico em território sírio nesta semana. O grupo de extremistas sunitas tomou para si o controle de diversas partes tanto da Síria como do Iraque, ameaçando a população local e impondo sua interpretação conservadora do Islã.
O rei jordaniano evitou falar diretamente das ofensivas aéreas em seu depoimento, mas disse que o país está “na linha de frente” dos esforços para combater o extremismo. “Os terroristas e os criminosos que atacaram a Síria, o Iraque e outros países hoje são reflexos extremos da ameaça global”, ele afirmou. “Nossa comunidade internacional precisa de uma estratégia coletiva para conter e derrotar esses grupos.”
Um dos principais países aliados dos Estados Unidos na região, a Jordânia tem uma grande e forte comunidade de islâmicos ultraconservadores chamados de Salafis, que simpatizam com o Estado Islâmico. O jordaniano Abu Musab al-Zarqawi foi o militante que fundou o braço da Al-Qaeda no Iraque, grupo que mais tarde se tornaria o Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.