Israel publicou, nesta sexta-feira (10), uma lista de 250 “presos por razões de segurança” que poderiam ser trocados pelos reféns cativos em Gaza, que devem ser libertados no âmbito do acordo de cessar-fogo com o Hamas que entrou em vigor às 9h00 GMT (6h00 em Brasília).
Segundo o pacto, nas 72 horas seguintes à entrada em vigor da trégua, o Hamas deve libertar os 47 reféns (vivos e mortos) capturados no ataque de 7 de outubro de 2023, assim como os restos mortais de um soldado morto em 2014.
Em troca, Israel deve libertar 250 “detidos por razões de segurança” e 1.700 palestinos de Gaza presos pelas forças israelenses desde outubro de 2023.
A lista dos 250 detidos, publicada no site do Ministério da Justiça israelense, não inclui nenhuma das figuras emblemáticas da luta armada palestina contra Israel.
O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, havia transmitido a lista ao Egito, Estados Unidos e Catar, mediadores no conflito que eclodiu após o ataque do grupo islamista palestino em Israel.
Na lista fornecida pelo Hamas constavam Marwan Barghuti, Ahmad Saadat, Hassan Salameh e Abbas al-Sayyed, condenados à prisão perpétua por acusações de crimes mortais contra Israel.
Israel e o Hamas deram o aval à primeira fase do plano de 20 pontos proposto pelo presidente americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra em Gaza.
Desde então, um cessar-fogo entrou em vigor às 06h00 (Brasília) desta sexta-feira, e o Exército israelense anunciou que recuou para as linhas acordadas dentro de Gaza.
© Agence France-Presse