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Integrante do BoE alerta para erosão da credibilidade britânica com persistência inflacionária

A integrante associou o fenômeno à persistência da inflação e a riscos de desalinhamento entre política fiscal, monetária e cambial

Redação Jornal de Brasília

13/10/2025 17h10

banco da inglaterra

Foto: Divulgação

São Paulo, 13 – A integrante do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Catherine Mann alertou nesta segunda-feira, 13, para sinais de “erosão” da credibilidade econômica do Reino Unido, associando o fenômeno à persistência da inflação e a riscos de desalinhamento entre política fiscal, monetária e cambial.

Em fala no 67º Encontro Anual da National Association for Business Economics (Nabe), nos Estados Unidos, ela afirmou que a história da libra esterlina mostra que as crises britânicas “não surgem de colapsos súbitos, mas de cupins que corroem lentamente as fundações”.

Mann citou episódios históricos, quando a perda de confiança nos mercados foi agravada por políticas inconsistentes e pela falta de disciplina fiscal. “Há momentos em que os cupins corroem tanto as fundações que o sistema acaba ruindo”, disse.

Segundo ela, o papel de aliados e parceiros comerciais também é “crítico” para a estabilidade, pois “quando esses vínculos se enfraquecem, você acaba tendo menos amigos”.

A dirigente destacou ainda que a inflação no Reino Unido segue acima do ponto em que famílias e empresas passam a prestar mais atenção aos preços – o que tende a reforçar a persistência inflacionária. Estudos indicam que esse “limiar de atenção” fica entre 3,2% e 3,5%, segundo ela. “Estamos acima disso, e temos estado acima disso”, afirmou.

Mann acrescentou que a inflação de alimentos, “em torno de 5,5%, reflete o impacto das commodities globais e se transmite às expectativas e à dinâmica dos preços” no país.

Estadão Conteúdo

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