Menu
Mundo

Homens armados sequestram 25 alunas na Nigéria

Os sequestradores entraram na escola do estado de Kebbi às 4h00 locais (0h em Brasília) com “armas sofisticadas” e “disparando esporadicamente”, segundo um comunicado policial

Redação Jornal de Brasília

17/11/2025 12h11

Divulgação

Homens armados de uma organização criminosa sequestraram 25 alunas de uma escola de Ensino Médio feminina no noroeste da Nigéria, afirmou a polícia nesta segunda-feira (17).

O ataque ocorre mais de uma década após 276 meninas terem sido sequestradas em Chibok, no conflituoso estado de Borno (nordeste), o que provocou uma grande mobilização internacional, com o lema “#BringBackOurGirls” (Tragam nossas meninas de volta, em inglês).

Os sequestradores entraram na escola do estado de Kebbi às 4h00 locais (0h em Brasília) com “armas sofisticadas” e “disparando esporadicamente”, segundo um comunicado policial.

Quando os policiais chegaram, os suspeitos “já haviam pulado a cerca da escola e sequestrado 25 estudantes de sua residência”, acrescentou o comunicado.

O vice-diretor da escola morreu baleado e um segurança ficou ferido durante o ataque, de acordo com um relatório elaborado para as Nações Unidas.

A polícia de Kebbi declarou que um grupo formado por seus agentes, militares e membros de milícias civis está no local.

O grupo “revista minuciosamente as rotas utilizadas pelos bandidos e a floresta próxima” com o objetivo de “resgatar as alunas sequestradas e tentar deter os autores deste ato atroz”.

Este é o segundo sequestro em massa em uma escola de Kebbi em quatro anos. Em junho de 2021, bandidos levaram mais de 100 estudantes e membros do pessoal de uma escola pública.

Os estudantes foram liberados em grupos ao longo de dois anos, após os pais pagarem o resgate. Algumas das alunas foram obrigadas a se casar e retornaram com bebês.

Na Nigéria, o país mais populoso da África e assolado pela insegurança, os sequestros para obtenção de resgate são frequentes.

Os estados do centro e do noroeste do país são aterrorizados há anos por grupos criminosos que as autoridades denominam de “bandidos”.

A violência, que inicialmente estava relacionada com os conflitos pelos direitos sobre a terra e a água entre pastores e agricultores, transformou-se em confrontos relacionados com o crime organizado, com grupos que assumem o controle de comunidades rurais onde o governo tem pouca ou nenhuma presença.

O país também se viu afetado pela violência armada desde o aparecimento, em 2009, do grupo Boko Haram na bacia do lago Chade, no nordeste do país.

O sequestro de alunas na localidade de Chibok, em 14 de abril de 2014, foi manchete no mundo todo. Quase 100 meninas capturadas seguem desaparecidas.

AFP

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado