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Hamas pede que países árabes lhe forneçam armas para guerra contra Israel em Gaza

O pedido do grupo terrorista ocorre em meio a fortes combates no sul da Faixa de Gaza, além de bombardeios aéreos israelenses

Redação Jornal de Brasília

09/01/2024 10h32

Palestinians inspect the rubble of destroyed houses and buildings in Rafah in the southern Gaza Strip on December 18, 2023, amid continuing battles between Israel and the militant group Hamas. (Photo by MOHAMMED ABED / AFP)

O chefe do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, pediu nesta terça-feira, 9, que os países árabes forneçam armas ao grupo terrorista em sua luta contra Israel na Faixa de Gaza.

“O papel da nação muçulmana é fundamental, chegou o momento de apoiar a resistência com armas porque esta é a batalha de Al-Aqsa e não apenas a batalha do povo palestino”, declarou Haniyeh em Doha, onde o grupo terrorista Hamas possuí um escritório para seu gabinete político. A mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, é o terceiro lugar sagrado do islã.

O pedido do grupo terrorista ocorre em meio a fortes combates no sul da Faixa de Gaza, além de bombardeios aéreos israelenses. A ofensiva das Forças de Defesa de Israel (FDI) começou após os ataques do dia 7 de outubro, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram mais de 1.200 pessoas no maior ataque terrorista contra judeus desde o Holocausto.

As forças israelenses apontam que o objetivo é destruir o grupo terrorista Hamas e resgatar os mais de 100 reféns israelenses que ainda estão no cativeiro. Segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, mais de 23 mil pessoas morreram no enclave desde o inicio da guerra. O novo balanço inclui 126 pessoas mortas nas últimas 24 horas, segundo o ministério.

Blinken em Israel

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarcou em Israel nesta terça-feira e teve conversas difíceis com políticos israelenses sobre o futuro da Faixa de Gaza após a guerra. A intensa ofensiva israelense fez com que 85% dos palestinos tivessem que se deslocar de suas casas, segundo dados da ONU.

Blinken apontou que estava vindo a Israel com promessas de quatro países árabes e da Turquia de ajudar na reconstrução de Gaza após a guerra. Mas essas nações também querem ver o fim dos combates no enclave palestino e medidas concretas para a eventual criação de um Estado palestino ao lado de Israel, algo que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, não deseja.

EUA e Israel também permanecem divididos sobre a forma como Gaza será administrada quando – e se – os seus atuais governantes do grupo terrorista Hamas forem derrotados. Autoridades americanas pediram que a Autoridade Palestina, que atualmente governa partes da Cisjordânia, assuma o controle governamental em Gaza. Os líderes israelenses rejeitaram essa ideia, mas não apresentaram um plano concreto.

“Há muito o que conversar, em particular sobre o caminho a seguir”, disse Blinken após se reunir com o presidente israelense, Isaac Herzog.

Estadão Conteúdo

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