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Guiana aprova projeto que deve dobrar produção de petróleo próximo ao Essequibo

O projeto vai contar com o investimento da petroleira americana ExxonMobil e seus sócios de cerca de 6,8 bilhões de dólares

Redação Jornal de Brasília

22/09/2025 16h13

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Foto: Divulgação

A Guiana anunciou nesta segunda-feira (22) a aprovação de uma nova licença de exploração para o projeto marítimo Hammerhead, que deve fazer com que o país mais do que dobre sua produção de petróleo.

O projeto vai contar com o investimento da petroleira americana ExxonMobil e seus sócios de cerca de 6,8 bilhões de dólares (36,3 bilhões de reais).

Segundo a estimativa do Ministério de Recursos Naturais da Guiana, quando o desenvolvimento do campo Hammerhead estiver concluído, em 2029, a produção de petróleo do país deverá ser de 1,5 milhão de barris por dia (bpd).

O projeto consolidará a Guiana como um dos maiores produtores de petróleo per capita do mundo, competindo com a vizinha Venezuela em exportações totais, segundo analistas.

O campo Hammerhead, localizado no bloco Stabroek, fica no oceano Atlântico, nas proximidades do Essequibo, território reivindicado pela Venezuela, e em águas que Caracas considera ainda não delimitadas.

Atualmente, a ExxonMobil e suas parceiras Chevron (que adquiriu a canadense Hess) e a chinesa CNOOC Petroleum extraem 650 mil bpd e planejam chegar a 900 mil bpd até o fim de 2025.

“O projeto Hammerhead deve fortalecer a segurança energética e impulsionar o crescimento industrial, já que se soma a uma carteira crescente de empreendimentos que consolidam a Guiana como um ator-chave no cenário energético global”, afirmou o ministério em nota.

Com reservas estimadas em 445 milhões de barris, o campo começará a operar no segundo trimestre de 2029, com 150 mil bpd, segundo projeções oficiais.

A ExxonMobil destacou em comunicado que, com o Hammerhead, suas aplicações no setor petrolífero da Guiana ultrapassarão 60 bilhões de dólares (cerca de 320 bilhões de reais), entre recursos já investidos e comprometidos em sete projetos.

O petróleo e o gás associado serão produzidos por meio de uma plataforma flutuante de produção e armazenamento (FPSO, na sigla em inglês), que será construída pela japonesa MODEC, especializada nesse tipo de estrutura offshore.

A unidade será ligada a 10 poços de produção e oito de injeção de gás, que será transportado por dutos até o continente, onde já estão em construção uma usina de 300 megawatts e outra usina de líquidos de gás natural que já estão em construção em terra firme.

© Agence France-Presse

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