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Grécia anuncia plano de € 2,5 bi para enfrentar escassez de água

Governo de Kyriakos Mitsotakis prevê “o pior cenário possível” e investirá em reservatórios e dessalinização para garantir abastecimento em Atenas e ilhas turísticas

Redação Jornal de Brasília

30/10/2025 15h12

Foto: ANGELOS TZORTZINIS - AFP

Foto: ANGELOS TZORTZINIS – AFP

A Grécia apresentou um plano de 2,5 bilhões de euros (R$ 15,6 bilhões, na cotação atual) para combater a escassez de água que ameaça Atenas e muitas ilhas, prevendo “o pior dos cenários possíveis”, advertiu o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, nesta quinta-feira (30).

As condições climáticas e a seca se agravaram principalmente na capital da Grécia e sua região, Ática, onde vivem 4,4 milhões de pessoas; embora a ameaça também se estenda sobre muitas ilhas turísticas e a segunda maior cidade do país, Tessalônica, no norte.

“Temos que estar preparados para o pior dos cenários possíveis”, declarou Mitsotakis.

Diante da diminuição das reservas hídricas nos últimos anos, o ministro de Energia e Meio Ambiente, Stavros Papastavrou, apresentou “um plano ambicioso de 2,5 bilhões de euros em dez anos, destinado a garantir o acesso à água.

Entre as medidas, destacou uma “obra emblemática” para reforçar os reservatórios que abastecem a rede de Atenas e também infraestruturas de dessalinização para as ilhas.

A escassez de água afeta especialmente as ilhas turísticas, sobretudo as pertencentes ao arquipélago das Cíclades, cuja população se multiplica durante o verão, apesar de estarem equipadas com unidades de dessalinização e poços.

“Os dados mostram que depois do Chipre, nosso país enfrentará o maior estresse hídrico do sul da Europa”, advertiu Papastavrou, destacando que mais da metade da população grega pode ser afetada.

Desde 2022, as reservas de água da Grécia diminuíram cerca de 250 milhões de metros cúbicos anuais, segundo ele.

Soma-se, ainda, uma redução de 25% das chuvas e um aumento de 15% anual da evaporação, acrescentou.

Segundo o Observatório Nacional de Atenas, em média, as temperaturas de verão no país aumentaram 2,3 ºC entre 1960 e 2024.

Além dos efeitos da mudança climática, muitos especialistas citaram o desperdício frequente de água, especialmente na irrigação de cultivos.

Nas ilhas, também há quem denuncie o uso excessivo de água para piscinas e para irrigação de jardins, como denunciou o prefeito de Sifnos, uma popular ilha das Cíclades.

AFP

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