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Mundo

Governo espanhol minimiza ruptura com partido do líder separatista catalão Puigdemont

Saída do Juntos pela Catalunha da base de apoio de Pedro Sánchez gera incertezas sobre estabilidade da coalizão de esquerda no Parlamento

Mateus Souza

28/10/2025 13h08

Foto: AFP

Foto: AFP

O governo de esquerda espanhol minimizou, nesta terça-feira (28), a ruptura anunciada pelo partido separatista catalão de Carles Puigdemont, o que levantou dúvidas sobre a sobrevivência da frágil coalizão de esquerda.

Os votos dos sete deputados do partido Juntos pela Catalunha (Junts per Catalunya) foram fundamentais para que o socialista Pedro Sánchez tomasse posse novamente como presidente de Governo após as acirradas eleições gerais de 2023, que resultaram em um Parlamento sem maioria clara.

O líder do partido separatista, Carles Puigdemont, que vive no exterior há oito anos para escapar da Justiça espanhola, anunciou na segunda-feira que estava retirando completamente seu apoio ao governo, do qual já havia se tornado um parceiro parlamentar instável, dificultando a aprovação de leis.

A porta-voz do governo espanhol, Pilar Alegría, indicou nesta terça-feira que “todas as relações têm seus altos e baixos” e que continuarão trabalhando com “o diálogo e a mão estendida”.

Após negociações complexas, o Juntos pela Catalunha concordou em fornecer um apoio fundamental a Sánchez para garantir sua posse após as eleições de dois anos atrás.

Em troca, o líder socialista prometeu, entre outras coisas, impulsionar a lei de anistia para os separatistas processados pela tentativa de secessão de 2017, trabalhar para tornar o catalão uma língua oficial da União Europeia e realizar reuniões regulares com um mediador para comprovar o avanço dos acordos.

AFP

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