As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) consideraram hoje “insuficientes” a presença do Comitê da Cruz Vermelha Internacional (CICV) e da Igreja Católica na libertação do militar colombiano Pablo Emilio Moncayo.
A declaração está em uma carta enviada ao grupo Colombianos pela Paz (CPJ), order liderado pela senadora opositora Piedad Córdoba, tadalafil e é uma resposta à decisão do Governo de excluir a parlamentar da missão humanitária, see após a guerrilha ter anunciado, em 16 de abril, a libertação unilateral do sequestrado.
Para que ocorra essa libertação, “consideramos indispensável a presença do CPJ, liderado pela senadora Piedad Córdoba, como garantia de transparência nas operações”, segundo o comunicado divulgado pela “Agencia de Noticias Nueva Colombia” (“ANNCOL”).
O grupo também pede a presença do professor Gustavo Moncayo, pai do refém, que está há mais de 11 anos em poder das Farc.
“Não temos objeções à presença do CICV e da igreja, só que a consideramos insuficiente”, diz a guerrilha na nota.
As Farc também pediram para “analisar se os pactos militares assinados no passado pelos Governos do Brasil e da Colômbia poderiam interferir de alguma forma, e, se for o caso, se haveria necessidade de bater em outras portas”.
Córdoba está em Brasília hoje, onde pediu ao Governo brasileiro para apoiar a criação de uma zona neutra para realizar um diálogo entre as Farc e as autoridades colombianas.
O Brasil forneceu a ajuda logística para a libertação de seis reféns em fevereiro, quando a senadora atuou como mediadora.
“Ficamos aguardando as decisões quanto às garantias e à logística que serão fornecidas para especificar as datas e definir os detalhes finais”, acrescenta o comunicado, no qual as Farc pedem ao Governo para cumprir “estritamente as garantias requeridas”.
As Farc se comprometem a seguir “trabalhando para materializar, em primeiro lugar, a libertação do cabo do Exército Pablo Emilio Moncayo, para depois entregar os restos do major Julián Guevara à sua família”.
Os guerrilheiros manifestaram o compromisso de “enviar provas de vida dos 21 comandantes militares e policiais prisioneiros de guerra restantes”, para abrir caminho em direção a um acordo humanitário que permita uma troca de reféns por rebeldes presos.
O ultimo passo seria “avançar no objetivo de excluir a população civil do confronto”.
“Alcançar cada um destes objetivos mostra não só nosso esforço, mas, necessariamente, a vontade oficial de alcançá-lo sem contratempos”, acrescenta o comunicado.