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Exército israelense diz que 700.000 palestinos fugiram da Cidade de Gaza

Naquele momento, a ONU calculava que um milhão de pessoas viviam na Cidade de Gaza e arredores

Redação Jornal de Brasília

25/09/2025 12h00

Foto: Eyad BABA / AFP

Foto: Eyad BABA / AFP

O Exército israelense afirmou, nesta quinta-feira (25) que, desde o final de agosto, 700.000 palestinos fugiram da Cidade de Gaza para o sul da Faixa, em plena ofensiva terrestre mobilizada com o objetivo de “destruir” o movimento islamista Hamas.

“Saíram 700.000 palestinos”, declarou o Exército em resposta a uma pergunta da AFP sobre o número de pessoas que fugiram desde o fim de agosto do maior núcleo urbano do território.

Naquele momento, a ONU calculava que um milhão de pessoas viviam na Cidade de Gaza e arredores.

Em uma nota publicada no domingo, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, o OCHA, apresentou um número mais conservador, afirmando que 388.000 palestinos fugiram da cidade.

Israel iniciou uma grande ofensiva aérea e terrestre sobre o principal centro urbano do território palestino, no que diz ser uma tentativa de erradicar o Hamas após quase dois anos de guerra.

“Na última semana, os ataques na Cidade de Gaza foram especialmente intensos, incluindo contra lojas de deslocados internos, edifícios residenciais e infraestrutura pública. Muitos resultaram em um grande número de vítimas”, destacou o OCHA.

A agência de defesa civil de Gaza — uma força de resgate que opera sob a autoridade do Hamas — disse que os ataques israelenses mataram 22 pessoas em todo o território nesta quinta-feira, incluindo cinco na Cidade de Gaza.

Um ataque aéreo contra uma casa onde estavam refugiados deslocados no centro de Gaza matou 11 pessoas, segundo a Defesa Civil.

As restrições à imprensa no território e as dificuldades para acessar muitas áreas impedem a verificação de forma independente dos números fornecidos pela Defesa Civil ou pelo Exército israelense.

Imagens da AFP após o ataque no campo de Al Zawaida mostram palestinos escavando entre os escombros em busca de sobreviventes.

“Todo o lugar foi destruído e não ficou nada apto para uso humano”, afirmou Yusef Yunis, residente do local.

© Agence France-Presse

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