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Ex-secretário do Tesouro dos EUA renuncia a conselho da OpenAI por e-mails para Epstein

Os e-mails revelaram que Summers mantinha uma comunicação próxima com o falecido criminoso sexual, o que o obrigou a anunciar na segunda-feira o seu afastamento da vida pública

Redação Jornal de Brasília

20/11/2025 10h07

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Foto: Handout / Departamento do Xerife do Condado de Palm Beach / AFP

O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Larry Summers renunciará ao conselho administrativo da OpenAI e deixará de dar aulas em Harvard, informou a imprensa na quarta-feira (19), após a divulgação de e-mails que o ligam a Jeffrey Epstein.

Os e-mails revelaram que Summers mantinha uma comunicação próxima com o falecido criminoso sexual, o que o obrigou a anunciar na segunda-feira o seu afastamento da vida pública.

Summers foi secretário do Tesouro durante o governo de Bill Clinton (1993-2001) e presidente da Universidade de Harvard na década de 2000.

“Em consonância com meu anúncio de me retirar dos compromissos públicos, também decidi renunciar ao conselho administrativo da OpenAI”, do qual fazia parte desde 2023, declarou Summers em um comunicado à imprensa americana, incluindo a CNN e o New York Times.

“Estou grato pela oportunidade de ter prestado meus serviços, entusiasmado com o potencial da empresa e ansioso para acompanhar seus progressos”, acrescentou o ex-funcionário sobre a companhia criadora do ChatGPT.

Summers afirmou estar “envergonhado” de sua comunicação com Epstein, mas nega ter cometido qualquer crime.

A renovada polêmica pública em torno de Jeffrey Epstein tem dominado o debate político nos Estados Unidos nas últimas semanas, desencadeando um confronto entre legisladores e o presidente Donald Trump, que foi amigo do criminoso sexual condenado.

O magnata republicano promulgou, na quarta-feira, uma lei que exige a divulgação dos documentos governamentais sobre o caso.

Trump resistiu durante meses à publicação dos arquivos, mas nesta semana surpreendeu ao voltar atrás e garantir que a legislação fosse aprovada no Congresso.

Epstein, um poderoso financista, esteve por anos em círculos de elite, cultivando laços estreitos com magnatas empresariais, políticos, acadêmicos e celebridades, para os quais foi acusado de traficar meninas e mulheres jovens com fins sexuais.

Ele se suicidou em sua cela em agosto de 2019.

AFP

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