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Ex-chefe da diplomacia da UE acusada de corrupção renuncia como reitora do Colégio da Europa

Mogherini, de 52 anos, estava há cinco anos à frente do Colégio da Europa, que forma um grande número de funcionários europeus

Redação Jornal de Brasília

04/12/2025 11h07

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Foto por NHAC NGUYEN / AFP

A ex-chefe da diplomacia da UE Federica Mogherini anunciou nesta quinta-feira (4) que renuncia ao seu cargo à frente do Colégio da Europa, na Bélgica, após ser acusada em uma investigação sobre uma suposta fraude no uso de fundos europeus.

A Procuradoria Europeia busca esclarecer se houve favorecimento na atribuição, por parte do serviço de política externa da UE – que Mogherini dirigiu entre 2014 e 2019 – de um contrato de formação de futuros diplomatas ao Colégio da Europa.

“De acordo com o rigor e a equidade com que sempre desempenhei minhas funções, hoje decidi renunciar aos meus cargos de reitora do Colégio da Europa e diretora da Academia Diplomática da União Europeia”, escreveu a italiana em um comunicado.

Mogherini, de 52 anos, estava há cinco anos à frente do Colégio da Europa, que forma um grande número de funcionários europeus.

Segundo a Procuradoria Europeia, encarregada de combater a fraude nos fundos da UE, a investigação concentra-se em fatos que envolvem suposta “fraude e corrupção no âmbito de contratos públicos, conflito de interesses e violação do sigilo profissional”.

Outros dois suspeitos detidos juntamente com Mogherini na terça-feira em Bruxelas – o funcionário do alto escalão da Comissão e ex-secretário-geral do serviço diplomático europeu, Stefano Sannino, e o diretor-adjunto do Colégio da Europa, Cesare Zegretti – foram igualmente acusados.

Os três suspeitos foram libertados por “não apresentarem risco de fuga”, indicou na quarta-feira a Procuradoria Europeia.

Segundo a advogada de Mogherini, Mariapaola Cherchi, a libertação da italiana, após dez horas de interrogatório, não foi acompanhada de nenhuma medida de restrição de liberdade.

No comunicado em que anunciou sua renúncia, a ex-ministra das Relações Exteriores italiana declarou-se “orgulhosa” de ter dirigido o Colégio da Europa com “o apreço e o apoio” dos estudantes, incluindo os ex-alunos da Academia Diplomática da UE, o programa objeto da investigação.

AFP

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