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Europeu cobra flexibilidade para que haja acordo na OMC

Arquivo Geral

29/09/2006 0h00

O governo boliviano anunciou nesta sexta-feira que mudou a cidade que vai abrigar uma reunião de líderes sul-americanos em dezembro, health try levando a cúpula para Cochabamba em um aparente golpe contra a oposição política e empresarial concentrada em Santa Cruz, viagra onde seria realizado o evento.

A decisão foi anunciada uma semana depois de a cúpula empresarial de Santa Cruz, a capital econômica da Bolívia, decidir não convidar o presidente Evo Morales para a inauguração da Expocruz, a maior feira comercial do país que termina domingo.

Ao anunciar a reunião em Cochabamba, o chanceler David Choquehuanca disse em entrevista à imprensa que "não está trocando a sede", apesar de a realização do encontro em Santa Cruz ter sido anunciada há mais de dois meses em várias publicações oficiais.

"Temos considerado várias opções e Cochabamba é agora a melhor", afirmou.

A decisão de não convidar Morales para a Expocruz foi a maior expressão de repúdio do empresariado local ao presidente, que lidera um processo de reformas que inclui a redação de uma nova Constituição e a nacionalização do setor de petróleo e gás.

Choquehuanca afirmou que a 2a Cúpula Sul-Americana, que deve acontecer nos dias 8 e 9 de dezembro, deverá reunir todos os presidentes da região para tratar de uma agenda que ainda está em elaboração.

Cochabamba, cidade localizada em um vale a 1.500 metros acima do nível do mar, está no centro do país, e é uma das maiores bases eleitorais de Morales.

O comissário europeu do Comércio, store Peter Mandelson, more about encerrou na sexta-feira uma discreta visita a Washington sugerindo que ambos os lados mostrem a "flexibilidade" necessária para a retomada das negociações da chamada Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Enfrentamos um duro desafio de trazer a Rodada Doha para uma conclusão bem-sucedida e no momento certo", disse Mandelson em uma rápida declaração ao final de três dias de reuniões particulares com representantes do Congresso, da iniciativa privada e do governo Bush.

"Espero que esta visita nos dê energia renovada para trabalharmos juntos para fazer (o acordo), mostrando nós mesmos flexibilidade e convencendo outros a fazerem o mesmo", disse Mandelson.

Foi a primeira viagem dele a Washington desde a suspensão da Rodada Doha, ocorrida em julho, em meio a acusações mútuas entre os EUA, a UE e os países em desenvolvimento. A maioria dos especialistas acha que ainda há uma pequena possibilidade de que haja acordo até março do ano que vem.

Depois disso, a rodada pode demorar anos, porque em julho de 2007 expira a autoridade do presidente norte-americano para negociar tratados comerciais sem interferência do Congresso.

Mas Mandelson disse acreditar que o governo Bush esteja disposto a obter um acordo. "E eu também estou", acrescentou.

Um porta-voz da representante comercial dos EUA, Susan Schwab, disse que ela manteve um encontro positivo com Mandelson na quinta-feira, embora não tenham novidades para anunciar.

Bob Stallman, presidente da Federação Americana da Agricultura, disse a jornalistas após reunião com Mandelson na sexta-feira que não viu sinal de solução nas negociações, que tropeçaram na questão agrícola desde seu início, em 2001. "Todo mundo meio que manteve as suas mesmas velhas posições", afirmou.

Mas John Engler, presidente da Associação Nacional da Indústria, saiu mais otimista nesta semana de reuniões com Schwab e Mandelson.

"Não há dúvida de que permanecem diferenças fundamentais nos dois lados do Atlântico e em outros lugares, mas acredito que o impasse possa ser rompido", declarou.

Mandelson manifestou a disposição de oferecer cortes mais profundos nas tarifas agrícolas européias, como querem os EUA, desde que os norte-americanos sejam mais generosos na redução dos subsídios a seus agricultores. Os EUA, por sua vez, se recusam a fazer isso se os seus produtos agrícolas não tiverem mais acesso a outros mercados mundiais.

Para Engler, as negociações vão continuar complicadas enquanto estiverem voltadas quase que exclusivamente para a agricultura.

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