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Europa não pode assumir que presença militar dos EUA ‘durará para sempre’

Hegseth visita a Polônia em sua primeira viagem à Europa como funcionário de alto escalão do governo do presidente Donald Trump, que urgiu repetidamente para que os membros da Otan aumentassem os seus gastos militares

Redação Jornal de Brasília

14/02/2025 11h46

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Desembarque de lançador de médio alcance no norte de Luzon, nas Filipinas, em 8 de abril de 2024 – Exército dos EUA no Pacífico/Divulgação

A Europa não pode presumir que a presença militar americana “durará para sempre”, afirmou nesta sexta-feira (14) o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, pedindo aos aliados da Otan que invistam mais em defesa.

Hegseth visita a Polônia em sua primeira viagem à Europa como funcionário de alto escalão do governo do presidente Donald Trump, que urgiu repetidamente para que os membros da Otan aumentassem os seus gastos militares.

“Por isso nossa mensagem é tão dura para nossos aliados europeus. Agora é o momento de investir porque não se pode dar por certo que a presença dos Estados Unidos durará para sempre”, disse ele à imprensa ao lado de seu contraparte polonês, Wladyslaw Kosiniak Kamysz, em Varsóvia.

“O que acontecerá em cinco, 10 ou 15 anos faz parte de um debate mais amplo que reflete o nível de ameaça, a posição dos Estados Unidos, nossas necessidades no mundo, mas, sobretudo, a capacidade dos países europeus de se comprometerem”, declarou.

Hegseth também parabenizou a Polônia, país no flanco oriental da Otan vizinho da Rússia e da Ucrânia, por ser “o aliado modelo” da aliança.

Varsóvia quer gastar 4,7% de seu PIB em defesa até 2025, bem acima do nível mínimo atual da aliança de 2%.

Trump declarou anteriormente que a meta deveria ser de 5% do PIB.

O ministro da Defesa da Polônia reconheceu que a capacidade atual da produção de armas na Europa é “insuficiente”.

“A Europa deve acordar e investir na indústria armamentista, afirmou.

Durante sua visita à Polônia, Hegseth reiterou novamente que não é realista que a Ucrânia recupere todos os territórios ocupados pela Rússia ou se torne membro da Otan, e defendeu os esforços de Trump para iniciar negociações com o presidente russo Vladimir Putin.

mmp/bo/thm/sag/pb/mab/acc/yr

© Agence France-Presse

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